| 07/12/2007 06h00min
Se 2007 começou promissor para Christian, 32 anos, terminou como um dos mais frustrantes da carreira. Recontratado pelo Inter em fevereiro, depois de oito anos de afastamento, o centroavante encerra 2007 esquecido no banco de reservas, com poucas chances de participar da pré-temporada em Dubai, nos Emirados Árabes.
O último treino antes das férias foi um retrato da temporada para Christian. Abel realizava um treino fechado dentro do estádio, quando Christian deixou o vestiário vestindo camisa branca e bermuda jeans. Carregava nas mãos a apostila com as orientações do preparador físico Eduardo Silva para manter a forma durante as férias, mas estava fora da viagem a Goiânia. Uma lombalgia aguda o cortou da lista da última concentração.
Maior artilheiro do Inter no Brasileirão (23 gols na edição de 1997), Christian foi contratado em 1º de fevereiro com uma difícil missão: substituir Alexandre Pato, que passaria boa parte do primeiro semestre à serviço da seleção sub-20. Embora a relação com a torcida estivesse um pouco arranhada após a passagem pelo Grêmio, entre 2003 e 2004, o atacante chegava com excelentes credenciais.
Além do histórico no clube que o projetou, era o goleador do Corinthians no início do Paulistão, com cinco gols em cinco jogos. Deixou de lado um contrato de seis meses para assinar por dois anos com o Inter. Estreou em 7 de março na derrota para a Ulbra por 2 a 0, mas deu resposta satisfatória no decorrer do Gauchão: três gols em sete partidas. O restante do ano seria diferente.
Na Libertadores, atuou apenas duas vezes e não marcou. Pior, foi expulso aos 26 minutos do primeiro tempo no jogo contra o Vélez, em casa, no qual o Inter precisava da vitória e acabou empatando em 0 a 0. No Brasileirão, marcou quatro em 19 partidas. Chegou aos 96 gols pelo clube. Ficou lembrado pela torcida por outros motivos, como desperdiçar um pênalti contra o Náutico, em Recife, quando a equipe vencia por 1 a 0 – o jogo terminou 1 a 1. Durante a temporada, as contratações de Adriano, Gil e Nilmar, aliadas às recuperações de Iarley e Fernandão, fizeram Christian perder espaço.
Apesar de descontente, o centroavante diz que não pensa em sair. Com contrato até dezembro de 2008, sente-se capaz de brigar por um lugar no ataque. Ficar ao lado da família também pesa na decisão de aceitar a reserva, embora admita pensar com carinho caso receba uma boa proposta. Empresários já ofereceram seu nome a outros clubes. O procurador do jogador, Tadeu Oliveira, garante que não foi sondado. Com futuro indefinido, Christian mantém pequenas esperanças de ir a Dubai:
– O Abel é quem decide, né? Estou trabalhando, me cuidando nas férias. Se tiver que ir, irei com o maior prazer.
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