O presidente da Colômbia, Álvaro Uribe, disse nesta segunda-feira que se nas Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) ainda prevalecerem as idéias políticas "tomara que eles atendam às pressões internacionais e percebam as razões dessas pressões e liberem os seqüestrados". Ele se reuniu hoje com o primeiro-ministro da França, François Fillion, em Buenos Aires, na sede da embaixada francesa no país. Segundo Uribe, nos últimos 10 anos desapareceram 750 pessoas seqüestradas pela guerrilha. Entre elas, 22 foram assassinadas, 16 tiveram prova de vida divulgadas e sobre outras 31 não se tem notícia. Um refém morreu de causas naturais.

Após o encontro, Fillion também comentou sobre as pressões internacionais para que a Colômbia e as Farc destravem as negociações para liberação dos reféns, em especial da franco-colombiana Ingrid Betancourt, ex-candidata presidencial seqüestrada desde 2002. Antes de se encontrar com Uribe, o primeiro-ministro francês se reuniu com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, na residência do embaixador do Brasil, Mauro Vieira. Ambos deixaram o local sem dar entrevista à imprensa e se dirigiram ao Congresso Nacional, onde assistiram ao juramento de posse da presidente argentina, Cristina Fernández de Kirchner.