| 10/12/2007 20h26min
O Ministério Público Federal (MPF) investiga supostas irregularidades no uso de dinheiro público envolvendo a Fundação de Apoio e Tecnologia (Fatec) e uma organização não-governamental (ONG) de Santa Maria. A verba veio de uma emenda do deputado federal Paulo Pimenta (PT), de 2004, que liberou R$ 150 mil para a Universidade Federal da cidade. A UFSM firmou parceria com a Fatec para desenvolver projetos culturais por meio de uma ONG, que trabalharia com três entidades assistenciais.
O responsável por uma delas, Régis Medeiros, diz que nunca soube do programa. O único documento que comprova despesas está em seu nome. Já Marcelo Brettas, de outra ONG envolvida, recebeu R$ 6 mil na conta particular, mas no endereço da sede da organização, funciona uma farmácia. Segundo os donos do local, o prédio nunca foi sede de uma ONG; antes da drogaria, funcionava uma fruteira ali. Pimenta disse que a universidade é que tem que se responsabilizar pela aplicação do dinheiro:
— Eu
conheço os projetos, todos
eles são conhecidos da comunidade santamariense. Agora, o tipo de relação que se estabeleceu, a forma de pagamento da universidade, a despesa desses projetos, eu mesmo só vou saber quando eu tiver acesso à prestação de contas da universidade, que nem eu mesmo tive.
O vice-reitor da UFSM, Felipe Müller, colocou a instituição à disposição para esclarecimentos. A Academia Royale disse que assessores do deputado pagaram despesas de R$ 3 mil de uma apresentação, mas que acreditavam se tratar de uma ajuda pessoal.
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