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 | 11/12/2007 05h18min

Ruy Carlos Ostermann: Quase todos os técnicos

São Paulo - Emerson Leão foi convidado para participar do Arena Sportv, apresentado pelo jornalista Cleber Machado, desta terça-feira, mas pediu o adiamento do convite porque, segundo ele, haverá um grande acontecimento nas próximas horas. Está sem clube e cogita-se dele no Santos e também no Palmeiras. Ambos continuam com técnicos demitidos e sem solução à vista. Sabe-se aqui, que foi a torcida Mancha Verde que vetou a permanência de Caio Jr, anunciando que, se permanecesse, seria o técnico mais perseguido da história do Palmeiras e essas seriam relações contagiosas entre clube e torcida.

Aliás, técnicos são os que voam mais: Leão saiu do Atlético-MG, Geninho saiu do Sport e assumiu o Atlético-MG, Nelsinho Baptista saiu do Corinthians e assumiu o Sport, Caio Jr, que deixou o clube nas condições acima referidas e agora é o novo técnico do Goiás, e Adilson Batista voltou do Japão e assumiu o Cruzeiro. Dorival Júnior apenas saiu do Cruzeiro. Entre culpados e inocentes, cada um desses técnicos têm a tarefa de salvar os seus times.

Não conta para esses fins a solução do Vasco que, diante da punição por doping capilar de Romário, o efetivou no lugar de Valdir Espinosa; se puder, joga, se não puder, ensina. Ney Franco permanece no Atlético-PR, assim Alexandre Gallo fica no Figueirense. Os dois têm um patrono, o aclamado Joel Santana, do Flamengo, porque são igualmente salvadores de times e merecem a maior consideração.

E as homenagens a Muricy Ramalho, campeão brasileiro, e a Renato Gaúcho, campeão da Copa do Brasil, além de merecidas passam a ser também o grande sonho de realização de todos os técnicos.

A zaga
Mano Menezes, um dos técnicos dessa revoada, tem bom gosto: está anunciando interesse no zagueiro William, que comandou a zaga do Grêmio sob sua orientação. É um zagueiro de boa técnica, muita impulsão, inteligência para jogar e uma civilizada imposição física. Ao lado dele cresceu o jovem Leo e certamente poderia haver outras combinações sempre sob sua liderança. É o que mais precisa o Corinthians na sua reabilitação como time e como participante dessa incrível Série B. Já chegou Chicão, que é uma das afirmações como zagueiro no Figueirense. Formaria uma dupla para superar integralmente as dúvidas sobre Betão que, emblematicamente, é também o capitão do time.

Um time começa por muitos lugares, mas ele repousa certamente numa zaga confiável. É o que se pode anunciar com o interesse por William.

Tarefa
Enquanto Mano Menezes está começando o Corinthians por uma zaga sólida, Vagner Mancini, seu substituto no Grêmio, chega amanhã a Porto Alegre com a dura missão de praticamente remontar uma equipe. Ao perder William, perde um jogador de referência e uma líder nato. Soares, que se fala para o ataque, é um jogador interessante: é jovem, rápido e goleador. É um bom começo.

Time
Dunga e Jorginho terão de misturar a Seleção principal com a Olímpica. Terá de se valer de datas comuns para treinos e jogos e terá de se valer do mesmo time de aspirantes à Copa do Mundo como pretendentes a Pequim 2008. É um complicador a mais, fato agravado pela opinião generalizada de que nem time Olímpico existe.


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