| 11/12/2007 08h26min
Ricardinho, o levantador que mudou as características do vôlei ao introduzir jogadas diferenciadas pela velocidade com que passa a bola ao atacante, não deve jogar mais pela seleção brasileira. Segundo sua esposa, Fabiane, ele vai tirar cidadania italiana.
- Ele não joga mais pela seleção brasileira - declarou Fabiane.
Pelas regras da Federação Internacional de Vôlei (FIVB) referentes a dupla cidadania, para jogar pelo novo país o atleta precisa estar afastado da seleção do país de origem por dois anos. Ricardinho, de 32 anos, está longe da seleção brasileira desde os Jogos Pan-Americanos do Rio, em julho, quando foi cortado antes do início da competição por desentendimentos com o técnico Bernardo Rezende.
Depois, o levantador chegou a ser incluído por Bernardinho na relação dos convocados para a Copa do Mundo do Japão, em novembro, em que o Brasil foi campeão, conquistando a vaga para a Olimpíada de Pequim, em 2008. A convocação, contudo, não se
concretizou. O técnico pediu ao
levantador que demonstrasse o desejo de se reaproximar do grupo.
Depois da Copa do Mundo, o atacante Giba, eleito o melhor jogador da competição, chegou a pedir a Ricardinho que conversasse "com os amigos da seleção". Mas o levantador manteve o silêncio. Talvez ainda se sentisse humilhado por ter sido cortado do Pan logo depois de ser eleito o melhor jogador da Liga Mundial. Quando deixou a seleção, disse que a "família Bernardinho" não existia mais.
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