| 12/12/2007 10h32min
O Boca sofreu, mas bateu o Etoile Sahel, da Tunísia, por 1 a 0, gol de Cardozo, e está na finalíssima do Mundial de Clubes 2007. O time argentino enfrentou uma equipe mais perigosa do que esperava, não teve boa atuação e ainda jogou com um homem a menos desde os 20 minutos do segundo tempo. Mas confirmou o grande favoritismo diante do modesto campeão africano e saiu classificado do Estádio Nacional de Tóquio.
O adversário do Boca na final de domingo será conhecido nesta quinta entre o Milan de Kaká e o Urawa Red Diamonds, do brasileiro Washington. As duas equipes disputam às 8h30min (de Brasília) em Yokohama o direito de encarar os argentinos. O jogo terá transmissão ao vivo do SporTV.
Equilíbrio inesperado
O Boca entrou em campo sem sua maior arma: Riquelme, que não pôde disputar o Mundial. Ele estava no banco, como espectador especial, para dar apoio moral aos colegas. A torcida estava a favor, empurrada pelos 1,2 mil
argentinos que se dispuseram a encarar a longa
viagem de avião até o Japão. Mas não foram suficientes para completar as arquibancadas — o estádio estava cheio de lugares vazios.
O Etoile começou melhor e com mais posse de bola num início sem muitas emoções. O Boca não se encontrava. Errava passes e não conseguia impor seu jogo. Mesmo quando, aos 10 minutos, os tunisianos perderam Ogunbiyi, substituído por Gharbi, o Etoile Sahel não deixou o ritmo cair. Aos 13, em cobrança de escanteio, quase saíram na frente.
O Boca tentava se organizar, e o jogo ficou mais disputado. Aos 20 minuitos, o árbitro já havia distribuído três amarelos, sendo dois para os argentinos, que praticamente não conseguiam chegar ao ataque. Mas a categoria sobressaiu e, mesmo sem mostrar muito futebol, o Boca abriu o placar. Palacios, aos 36, fez bela jogada pela esquerda e tocou para Neri Cardozo, que recebeu quase dentro da pequena área e chutou forte para marcar.
O Etoile pareceu sentir o golpe, mas em poucos minutos
retomou seu ritmo e voltou a levar
perigo. Aos 43, quase saiu o empate. Charmiti, que não vinha bem, entrou na área e chutou, para boa defesa de Caranta.
A segunda etapa começou mais animada. Aos 5, em bola alçada na área, o Sahel quase empatou, mas a cabeçada caprichosamente saiu por cima do travessão. Cinco minutos depois, foi a vez de o Boca quase ampliar.
Os tunisianos seguiam no jogo e corriam atrás do empate. Mesmo com maior posse de bola nos pés argentinos, não se intimidaram e continuaram a encarar o poderoso adversário de igual para igual. Aos 17, Caranta voltou a evitar o gol em chute de Gharbi no canto, e aos 19, Narry entrou sozinho na área, mas se enrolou diante da zaga.
As esperanças do Etoile aumentaram aos 20, quando Vargas, que tinha cartão amarelo, fez falta violenta no ataque e foi mandado para o chuveiro. Os tunisianos cresceram e passaram a chegar com mais perigo, mas foi o Boca que quase ampliou quando o árbitro deixou de marcar pênalti claro numa jogada de
contra-ataque aos 35.
Até o fim, o
jogo continuou com a mesma cara. O Etoile correndo atrás sem muita competência, e o Boca perigoso em contragolpes. Em alguns lances, o gol ficou bem próximo, mas, no fim, venceram a categoria e a tradição de uma das maiores equipes do mundo. O Boca, mais uma vez, está na final, e vai lutar merecidamente no domingo por seu quarto título mundial.
As informações são do site globoesporte.com.
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