| 14/12/2007 20h48min
O senador Pedro Simon (PMDB-RS) disse nesta sexta-feira, no plenário do Senado, que a reforma tributária deve ser feita por meio de convocação extraordinária nos meses de janeiro e fevereiro.
— O governo vai encontrar fórmula para compensar o dinheiro que vai perder, radicaliza e (a reforma) não sai mais. Se o governo está dizendo que topa, se o presidente do Congresso diz que topa, se o PSDB e o DEM dizem que topam, vamos fazer uma reforma tributária, nem que seja com o mínimo de coisas fundamentais.
Simon disse que sugeriria a convocação ao presidente da Casa, senador Garibaldi Alves Filho, logo após deixar o plenário. Ele lembrou que os Estados e municípios recebem hoje muito menos recursos do que na época em que foi elaborada a Constituição, há quase 20 anos, e afirmou que os entes federativos praticamente mendigam recursos ao governo federal. Simon fez questão de ressaltar, porém, que é contrário a que se ressuscite a Contribuição Provisória sobre Movimentação
Financeira (CPMF).
O parlamentar criticou o PSDB e especialmente o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, por pressionar os senadores de seu partido a votarem contra a CPMF — contribuição criada na época em que esse partido era governo. Simon também destacou que a reforma tributária esteve prestes a ser votada durante o governo FHC, após amplo acordo entre os 27 governadores, o ministro da Fazenda e os prefeitos, mas o então presidente fez gestões para a retirada da matéria da ordem do dia — o que efetivamente aconteceu.
Em aparte, o senador Paulo Paim (PT-RS) elogiou a proposta de Simon de retomar a negociação em janeiro e fevereiro.
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