| 21/12/2007 05h57min
Acomodado como um paxá no melhor sofá da Redação, poltrona digna da sala de estar de um palácio dos Emirados Árabes Unidos, o Paulo SantAna lamentava a ausência de talentos no seu Grêmio. Repetia escalações e não descobria um, um só nome bom de bola. E ele tentou...
O SantAna inveja, como eu e você, Manchester United, Real Madrid, Chelsea e outros ricos que têm 11 homens de seleção e mais meia dúzia pedindo passagem nos milionários bancos de reservas. Lembro do gênio Pablo ao passar os olhos pela internet, ancorando no as.es, um site espanhol de esportes. Li que o técnico Frank Rijkaard vive amuado com a recente lesão muscular de Messi, o novo Maradona. O Rei Pelé ainda não encontrou o seu duplo - talvez nunca o faça.
Messi é o melhor jogador da Espanha e o segundo melhor do mundo da Fifa - embora eu seja mais Cristiano Ronaldo. A ausência da estrela argentina pode ser coberta por Thierry Henry ou Ronaldinho no clássico espanhol de domingo. Os dois ocupariam lugar em
qualquer seleção
competitiva formada pelos 208 países filiados a Fifa. Eterno insatisfeito, o torcedor do Barcelona, acostumado em outras décadas a reverenciar Cruyff e Ronaldo Fenômeno, foge do racional. Acha que o gaúcho está gordo e desinteressado. Procura confiança no francês que chegou na metade ano, mas ainda não fez gols suficientes para elevar a torcida. E parece desconhecer que Deco é outro habitante do banco, além da promessa mexicana Giovanni. Sobra craques. A dificuldade é uni-los.
O superclássico número 155 de Barcelona e Real Madrid vale um Natal gordo, no mínimo. Quatro pontos atrás do rival, na segunda posição, o Barça necessita da vitória e do oxigênio dos três pontos. Uma derrota espreme seu curto suprimento de H20 e transfere fôlego ao Real Madrid na sua veloz corrida ao bicampeonato.
Improvisos
O Inter pisou 2007 perdendo jogadores e imaginando que no Beira-Rio vivia o melhor time do mundo. Enganou-se. Porto Alegre era a casa do
campeão do mundo, não do melhor time.
Demorou a colocar os pés no chão, a contratar, o que fez bem depois da metade do ano. A temporada que se aproxima não será igual à que passou, o Inter parece mais forte, mas segue improvisando onde não precisava, como nas duas alas.
Wellington e Alex são homens do meio, um de força e marcação, outro de habilidade e velocidade. Granja entraria perfeitamente bem no lado direito, mas sua condição física é um problema permanente. Com dinheiro em caixa, faturando bem, a contratação de dois alas/laterais não desequilibraria as finanças do clube.
Pelo contrário, fortaleceriam um time que no papel faz brilhar o olho colorado.
Novas (e velhas) forças
O futebol carioca renasceu, colocando dois clubes na Libertadores 2008. O Flamengo pagou ontem o 13º salário de funcionários e jogadores. A máxima do baiano Vampeta, "eles fazem que pagam e eu faço que jogo", foi enterrada fundo nas areias de Copacabana. O Rio já é a segunda
força do país. Minas, a terceira. Gaúchos só depois. Os
cariocas estão competitivos outra vez. Cuidado.
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