| 22/12/2007 16h05min
Apesar de mais uma vez declarar não ter ficado nervoso, nem ter se sentido derrotado com a não prorrogação da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) pelo Senado, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse neste sábado que caberá agora aos senadores encontrar uma fórmula para colocar o dinheiro previsto com o tributo na saúde.
– Não fui eu quem criei a CPMF. A sociedade, sobretudo a parte mais pobre da população é que precisava da CPMF. As pessoas que votaram (os senadores) sabiam disso – afirmou o Presidente.
Em rápida entrevista concedida após a festa de confraternização de final de ano do Movimento Nacional de Catadores de Materiais Recicláveis (MNCR), em São Paulo, Lula informou que será feito um ajuste no Orçamento para compensar a perda de arrecadação.
– Vamos ver o que vai ser criado de novo para compatibilizar os R$ 40 bilhões que vão faltar no Orçamento – disse Lula.
O presidente antecipou que não haverá "um centavo de corte" nas
políticas sociais do governo e no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), mas disse que não há pressa para decidir de onde sairão os cortes e que isso só será discutido em janeiro.
Segundo Lula a solução vai se dar com muita conversa e política de convencimento e fez questão de diferenciar o atual momento com épocas anteriores, quando "o Congresso não apitava".
Lula completou ainda que também em janeiro o governo pretende aprimorar a proposta de política tributária e de política industrial, para serem enviadas ao Congresso. Sobre o comportamento da economia em 2008, Lula limitou-se a dizer aos jornalistas que está muito otimista:
– Vocês irão ver os melhores anos da história brasileira.
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