| 03/01/2008 22h51min
O policial que foi mantido refém pelas Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) por nove anos e que ao fugir revelou o nascimento, no cativeiro, do filho da ex-candidata à vice-presidência colombiana Clara Rojas, falou nesta quinta sobre o menino que o governo do país acredita ser Emmanuel, informou o Jornal Nacional, da Rede Globo. John Franck Pinchao disse que viu a criança nos primeiros meses de vida e lembrou que o bebê teve um braço fraturado por causa de problemas no parto.
Segundo ele, Emmanuel ficou pouco tempo com a mãe, por causa das condições da selva e porque o choro incomodava outros reféns. Pinchao disse não poder confirmar se a criança é a mesma que o governo colombiano suspeita estar internada num abrigo oficial, desde 2005. De acordo com o serviço de inteligência do governo, o menino, que se chama Juan David Tapiero, deu entrada no abrigo com desnutrição, malária e marcas de fratura num dos braços.
Na quarta-feira, o
suposto tio-avô do menino confessou que
não tem nenhum parentesco com ele e que Juan David lhe foi entregue por guerrilheiros. Hoje, Jose Crisanto Gomez, o homem que recebeu a guarda da criança, revelou que há um mês foi procurado por membros das Farc em busca do menino. Quando contou que ele estava internado em Bogotá, recebeu a ordem de tirá-lo do abrigo até 30 de dezembro, sob ameaça de morte. Por isso, Gomez procurou a polícia, contou a história e pediu proteção ao governo.
O procurador-geral da Colômbia disse que só as provas técnicas e científicas vão mostrar se o menino é mesmo Emmanuel. A agência Anncol, que publica notícias das Farc na internet, disse que o governo colombiano está mentindo e alertou para uma possível fraude no exame de DNA, que vai ser feito nos Estados Unidos. O resultado deve sair em no máximo 10 dias e, seja qual for, fica a impressão de que os mais prejudicados em toda a história são os reféns e seus parentes.
Em mensagem postada na internet, o chefe das Farc conclamou seus
seguidores para uma
"ofensiva geral" em 2008. Manoel Marulanda ordenou que os guerrilheiros promovam ações armadas na selva e também em estradas, centros urbanos e quartéis.
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