A Amaury Sport Organisation (ASO), empresa que organiza o Rali Dacar, estima que o cancelamento da prova deste ano por razões de segurança causou um prejuízo de € 50 milhões (cerca de  R$ 130 milhões). Segundo o presidente da companhia, Patrice Clerc, tal situação é uma “catástrofe econômica”.

– É um problema de ordem econômica para todos: para nós, para as centenas de participantes, e para os países que acolhem a prova, sobretudo Portugal e Mauritânia – lamentou o francês, em entrevista ao jornal Le Monde.

A competição foi cancelada pela primeira vez em 30 anos nesta sexta-feira em função de ataques terroristas ocorridos na Mauritânia, palco de oito das 15 etapas do rali, no último dia 28, que resultou na morte de quatro turistas franceses.

– É uma catástrofe econômica para todos. Mas é melhor ter perdas econômicas do que vítimas – ponderou Patrice Clerc.

Além dos € 50 milhões perdidos pela organização, quem também levou prejuízo para casa foi a emissora que transmitiria a prova, a France Televisions, que viu seu investimento de € 5 milhões de euros (aproximadamente R$ 13 milhões) ir por água abaixo. A equipe brasileira Petrobras Lubrax havia injetado US$ 2,5 milhões (cerca de R$ 4,3 milhões) em projetos para a temporada 2007, cujo desfecho seria a disputa do Rali Dacar 2008.