O Grêmio quer ter Danrlei sob as traves da goleira desde o primeiro compromisso pela Libertadores 2003, dia 4 de fevereiro, contra o Pumas, do México. O dono da camisa 1 tricolor cumpre suspensão de um ano imposta pela Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol) até o dia 14 de março, dois dias após o término da primeira fase da competição. Danrlei foi punido por uma suposta agressão ao árbitro Walter Rial no fim da partida contra o 12 de Outrubro, no Paraguai.

De nada adiantaram as tratativas anteriores feitas pela diretoria do Grêmio no sentido de suspender a pena. O clube ponderava que o mais justo seria a realização de um julgamento. Eduardo Martini acabou sendo o goleiro titular no restante da competição.

A tentativa final para a liberação de Danrlei ocorreu nessa terça, quando o então presidente José Alberto Guerreiro enviou petição ao secretário-geral da Confederação Sul-Americana de Futebol, o paraguaio Figueredo Britez. Redigido em espanhol, o documento enaltece as conquistas de Danrlei em quase 10 anos como titular do Grêmio e lembra que o goleiro já ficou alijado de quase todos os jogos da Libertadores deste ano.

No último parágrafo, Guerreiro solicita a remissão da pena mesmo antes de seu final, previsto para março de 2003. O único temor de Bellini é que as referências negativas feitas a Danrlei na página da Fifa na Internet, por ocasião de sua discussão com Robinho, do Santos, na semifinal do Campeonato Brasileiro, influam na decisão da Sul-Americana. De acordo com a Fifa, Danrlei agiu mal ao fazer ameaças ao astro santista.

Danrlei não se mostra angustiado com a possibilidade de ficar de fora dos primeiros jogos da fase inicial da próxima Libertadores. Por precaução, antes de entrar em férias, Danrlei procurou o presidente do Conselho Deliberativo, Oly Fachin, e pediu que ele se empenhasse em sua liberação para disputar competições sul-americanas.