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 | 09/01/2008 20h50min

Cruz Vermelha confirma operação para receber reféns das Farc

Ação deverá começar nesta quinta-feira na Colômbia

O Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) confirmou hoje que "participará amanhã da missão humanitária" para resgatar os dois reféns das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) na Colômbia, declarou o porta-voz da organização em Bogotá, Ives Heller. Heller, no entanto, afirmou que o comitê "ainda não tem as coordenadas" para a operação.

O porta-voz admitiu que está "em permanente contato com as partes envolvidas nas negociações para a obtenção do acordo humanitário, tanto com o governo venezuelano como com o colombiano e com as Farc". O porta-voz acrescentou que, tão logo o CICV tenha as coordenadas, pedirá ao ministro da Defesa colombiano (Juan Manuel Santos) e a responsáveis pelas Forças Armadas locais garantias de segurança para viajar à região onde os reféns serão libertados.

Em Caracas, o presidente venezuelano, Hugo Chávez, revelou hoje que as Farc entregaram as coordenadas do local para a libertação de Clara Rojas, ex-candidata à vice-presidente da Colômbia e em poder da guerrilha desde fevereiro de 2002, e da ex-parlamentar Consuelo González de Perdomo, seqüestrada desde setembro de 2001.

Heller ressaltou que apesar da operação ter início amanhã, "não é possível assegurar que amanhã mesmo ocorra o resgate" de Clara e de Consuelo. O porta-voz indicou também que em uma operação como esta é preciso "paciência e prudência, e também que se leve em conta as condições meteorológicas" na região onde o resgate possa ocorrer.

As Farc anunciaram em 18 de dezembro a libertação de Clara, de seu filho Emmanuel e de Consuelo, em operação que tinha como interlocutor o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, e que acabou sendo suspensa por supostas ofensivas militares na região prevista para a entrega dos reféns. Em 31 de dezembro, o presidente da Colômbia, Álvaro Uribe, assegurou que as Farc não entregavam os reféns porque não tinham em seu poder Emmanuel, e rejeitou a existência das operações militares.

Um dia depois, as Farc admitiram que o grupo não tinha a criança, mas que esta havia sido entregue na capital colombiana "a pessoas honradas enquanto o acordo humanitário era assinado".

EFE
 
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