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 | 10/01/2008 17h46min

Discurso de presidente do Fed provoca alta nas bolsas e queda do dólar

Moeda americana caiu 0,62% e fechou cotada a R$ 1,757 nesta quinta-feira

Os mercados em Nova York reagiram com alta ao discurso do presidente do Federal Reserve (Fed), banco central dos Estados Unidos, Ben Bernanke, o que levou a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) às máximas e o dólar às menores cotações do dia em relação ao real logo após as declarações. Ele afirmou que os riscos de desaceleração da economia dos americana "se tornaram mais pronunciados". A declaração, feita durante almoço da associação Women in Housing and Finance e do Exchequer Club, reforçou a expectativa do mercado de que o Fed poderá reduzir a taxa básica de juros em meio ponto percentual, na reunião de 29 e 30 de janeiro.

No fechamento, o dólar negociado à vista no pregão viva-voz da Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F) estava em baixa de 0,72%, a R$ 1,7562. No mercado interbancário, o dólar comercial encerrou em baixa de 0,62%, a R$ 1,757. O giro total às 16h somava cerca de US$ 2,288 bilhões.

Bernanke disse que "à luz das mudanças recentes na perspectiva do crescimento e dos riscos diante dele, afrouxamentos adicionais da política monetária poderão muito bem ser necessários". Ele acrescentou que os dirigentes do Fed "estão prontos a tomar medidas substantivas adicionais à medida que isso seja necessário para dar apoio ao crescimento". Ao mesmo tempo em que os investidores gostaram do tom contundente do discurso e interpretaram as declarações como sinalização de novos cortes de juros nos EUA, também avaliaram que, se Bernanke admite a possibilidade de cortes de juros é porque a situação da economia é muito grave, o que aumenta a necessidade do governo, além de flexibilizar mais a política monetária, tomar novas medidas para contornar a crise no setor imobiliário e de crédito, o avanço da inflação e estimular a economia.

Por isso, as bolsas seguiram voláteis, disse um operador. Diante do risco de recessão nos EUA, os investidores estão agora na expectativa pelos próximos balanços corporativos e índices de inflação, que poderão reforçar a necessidade de um corte mais agressivo no juro básico americano.

Agência Estado

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