| 11/01/2008 17h16min
Primeiro tenista acusado de participar do escândalo de resultados combinados no circuito masculino, o russo Nikolay Davydenko não agüenta mais as seguidas advertências que vem recebendo da Associação dos Tenistas Profissionais (ATP). Investigado desde a metade de 2007, quando abandonou uma partida no último set contra o argentino Martín Vassalo-Arguello, o atual quarto do mundo acredita ser vítima de complô da entidade.
Em Sopot, Davydenko vencia o terceiro e último set contra o Arguello, então 87º do ranking, por 2/1, mas ainda assim abandonou a partida alegando uma lesão. Coincidentemente, uma casa de apostas faturou uma grande quantia de dinheiro, já que quase todos os seus clientes haviam apostado em um triunfo do argentino sobre o russo.
Após a boataria levantada no abandono contra Arguello, Dayvenko já foi intimado a enviar à ATP todas as gravações telefônicas realizadas em agosto, enquanto competia no Aberto dos Estados Unidos. Além disso, recebeu uma multa de 2 mil dólares por não ter “se dedicado ao máximo” na partida contra o croata Marin Cilic no Torneio de São Petersburgo. A punição chegou a ser revogada pela ATP, mas as investigações sobre o Torneio de Sopot continuam.
— Essa demora nas investigações me deixam muito irritando. Não consigo entender o que eles querem de mim. Já entreguei tudo o que eles queriam e lhes dei todas as informações. Quando isso vai terminar? Não consigo mais confiar na ATP — reclamou.
O nervosismo de Davydenko fez com que o quarto melhor do mundo começasse a suspeitar de uma conspiração.
— Talvez eles queiram derrubar um tenista do grupo dos top 10 e eu tenha sido o escolhido. Pode ser que haja alguém mais fama do que mim fora dos dez melhores e a entidade queira ampliar a sua popularidade — apontou.
Presidente da ATP, o sul-africano Ettiene De Vigliers tratou de pôr panos quentes no assunto.
— Nunca acusamos o Davydenko ou
o Arguello de nada, apenas dissemos que somos contra apostas
no esporte. Entendo a frustração do Nikolay, mas estamos apenas querendo proteger integridade do tênis. Seria irresponsável de nossa parte se não investigássemos isso — minimizou.
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