| 14/01/2008 21h46min
Concessionárias de telefonia fixa criticam a participação do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) na compra da Brasil Telecom (BrT) pela Oi (antiga Telemar). O dinheiro do BNDES seria usado para que o Citibank possa "expatriar seus investimentos de telecomunicações no Brasil", afirmou o presidente da Associação Brasileira das Prestadoras de Serviços de Telecomunicações Competitivas (TelComp), Luís Cuza.
O Citibank é controlador da BrT e sua participação seria vendida à Oi com dinheiro emprestado pelo BNDES. Oficialmente, a aquisição ainda não foi confirmada. Ela depende de uma mudança na regulamentação. Entre os associados da TelComp estão Claro, Vivo, TIM, Embratel, Telmex, GVT, Transit e até a própria Oi.
Um executivo que pediu para não ser identificado também criticou a participação do BNDES, apontando que o Brasil é um país "com problemas brutais de infra-estrutura".
— Qual é o sentido de o banco emprestar dinheiro para
o setor mais capitalizado? —
questionou.
Fundo de pensão
Os grupos La Fonte, do empresário Carlos Jereissati, e Andrade Gutierrez, de Sérgio Andrade, contam com a participação do fundo de pensão dos empregados do Grupo Oi — a Fundação Atlântico — para garantir o controle da nova supertelefônica que está sendo costurada pelo governo. As negociações para a compra da BrT pela Oi estão no momento da definição das participações que cada sócio poderá ter na nova empresa.
Segundo fontes ligadas ao negócio, a Fundação Atlântico teria 10% das ações ordinárias da Telemar Participações (a controladora do Grupo Oi) ao final da reestruturação. Esse é exatamente o percentual que a Andrade Gutierrez e o La Fonte precisam para deter, com a ajuda do fundo de pensão, o controle da nova companhia. Fontes garantem que o acordo já estaria acertado.
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