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 | 16/01/2008 17h01min

Juro futuro encerra em alta, apesar da melhora de humor nas bolsas

Inflação segue pressionada no Brasil, segundo dados do IPC da semana

A melhora de humor em Wall Street no meio da tarde desta quinta-feira tirou um pouco o impulso da alta que os juros futuros mostraram desde a abertura dos negócios, mas que foi comedida durante a sessão. A taxa projetada pelo contrato de depósito interfinanceiro (DI) com vencimento em janeiro de 2010 encerrou em 12,76% ao ano, de 12,71% ao ano ontem, mas na máxima bateu 12,81%. O DI que vence em janeiro de 2009 fechou praticamente estável, em 11,99%, de 11,98% ontem. Por volta das 15h (horário de Brasília), os principais índices acionários em Nova York esboçaram recuperação, com o Dow Jones migrando para o terreno positivo e o S&P 500 reduzindo as perdas.

O balanço da Intel, divulgado ontem após o fechamento das bolsas, foi considerado decepcionante pelos investidores, com lucro de US$ 0,38 por ação no quarto trimestre, abaixo da expectativa consensual dos analistas, de US$ 0,40 por ação. As ações eram castigadas, com grande efeito sobre o Nasdaq, que caiu mais de 2% no pior momento do dia. Hoje, divulgou seus números o banco JP Morgan. Apesar de menos alarmante que os resultados de ontem do Citigroup, o balanço da instituição foi considerado apático, apontando queda de 34% do lucro no quarto trimestre, para US$ 2,97 bilhões, ou US$ 0,86 por ação. Analistas previam lucro de US$ 0,93 por ação.

A inflação ao consumidor americano em dezembro veio em linha com o esperado e não mexeu com as expectativas de que o banco central dos Estados Unidos (Fed), no mínimo, cortará o juro americano em meio ponto percentual neste mês. Além disso, o fato da produção industrial ter superado as expectativas foi visto com bons olhos e amenizou um pouco a tensão nas bolsas.

O noticiário doméstico trouxe atividade e inflação em alta . As vendas no varejo em novembro, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), subiram 1,6% ante outubro, superando o teto das estimativas, de 1,4%. A alta de 9,9% nas vendas na comparação com novembro de 2006 também ficou acima do teto das previsões, de 9,8%, e representou a maior variação apurada pelo IBGE para o mês desde o início da série histórica, em novembro de 2001. A inflação corrente segue pressionada, quadro que foi reforçado hoje pelo Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) da segunda quadrissemana de janeiro, de 0,92%, ante 0,89% na quadrissemana anterior. O dado veio perto do teto das projeções (0,93%).

Agência Estado
 
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