A Confederação Brasileira de Tênis (CBT) conta com o apoio de Guga após a aposentadoria do tenista. Quem garante é o presidente da Confederação, Jorge Lacerda da Rosa, em entrevista ao Globoesporte.com por telefone. A declaração foi feita após a CBT conseguir, junto ao Ministério do Esporte, a verba para a modernizar e unificar o sistema de integração entre as federações.

— Nosso sonho é que Guga possa participar ativamente dos projetos da CBT. O conhecimento que ele atingiu em toda a sua carreira é gigantesco. E, muitas vezes, o conhecimento empírico supera o científico — diz o dirigente.

Segundo Lacerda, Guga é um raro exemplo de atleta que passou por todas as etapas até atingir o topo do ranking mundial.

— Guga passou por todas as fases até se profissionalizar. E essa experiência dele pode nos ajudar bastante na hora de investir nas categorias de base — afirma.

O presidente lamenta o fato de a confederação não ter aproveitado o prestígio de Guga enquanto jogador. Segundo ele, os recursos que poderiam ter sido gerados no auge da carreira do tenista fariam com que o esporte brasileiro estivesse em um nível muito maior hoje.

— Guga é um tenista de renome internacional, e os investimentos que ele poderia ter gerado para a confederação fariam com que o tênis brasileiro estivesse em um nível superior atualmente — diz.

O dirigente acredita que a confederação tem demonstrado progresso e que a expectativa é que o esporte evolua nos próximos tempos.

— A entidade tem avançado em todos os aspectos. Estamos conseguindo verbas junto ao governo, mas ainda não é o suficiente. Como acontece nas outras confederações, como no vôlei, o ideal seria se nós conseguíssemos o patrocínio de uma estatal para o tênis brasileiro. Precisamos de verba, e minha intenção é tentar isso em Brasília, onde temos uma subsede. Aqui em São Paulo (onde fica a sede da CBT), nós não estamos tendo sucesso — afirma Lacerda.