| 20/01/2008 11h
O pacote do governo George W. Bush para estimular a atividade econômica e o afrouxamento da política monetária pelo Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) serão insuficientes para evitar um forte desaquecimento do país no primeiro semestre de 2008. Segundo analistas, as ações começarão a ter efeito prático no dia-a-dia dos americanos apenas entre o fim deste ano e o início de 2009.
— São estímulos necessários, mas chegam tarde. Já estamos em recessão, como mostraram dados recentes sobre emprego, vendas no varejo e construção de imóvei — sintetiza Christian Menegatti, economista-chefe para Estados Unidos do Roubini Global Economics (RGE) Monitor.
O economista-chefe do Unibanco, Marcelo Salomon, explica que há um tempo para que medidas fiscais e monetárias se traduzam em números positivos. Uma redução (ou elevação) da taxa básica de juros tem impacto no custo do crédito para o consumidor, na melhor das hipóteses, seis
meses mais tarde. E isso varia de país
para país.
— O lado bom é que, nos Estados Unidos, as políticas monetária e fiscal costumam reagir com rapidez aos estímulos, pois a economia é flexível — diz Alessandra Ribeiro, economista da Tendências Consultoria.
Então, o governo Bush demorou demais para agir? Especialistas acham que não. Para eles, a rapidez da desaceleração econômica é que surpreendeu.
— Nem mesmo os analistas projetavam uma deterioração tão profunda do mercado imobiliário e um impacto tão forte dessa deterioração no resto da economia — pondera Menegatti.
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