| 21/01/2008 15h21min
A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) registra uma piora no início da tarde desta segunda-feira. Depois de passar praticamente toda a manhã com desvalorização de cerca de 5%, o principal indicador da bolsa registrava queda de 6,74% às 15h02min, aos 53.628 pontos. O dólar tem alta de 2,35%, vendido a R$ 1,828. As informações são do site G1.
Com mais essa queda, o principal indicador acionário brasileiro passa a acumular perda de mais de 15% em 2008. A indicação de uma segunda-feira negativa veio da Ásia, onde Tóquio perdeu 3,86%. Hong Kong e Xangai desabaram 5,49% e 5,14%, respectivamente.
Além da preocupação com a recessão nos Estados Unidos e o desapontamento com o pacote fiscal anunciado pelo presidente George W. Bush, os investidores assimilaram a indicação de que o Banco da China pode ter perdas bilionárias devido à exposição ao crédito hipotecário de alto risco, ou subprime. Na Europa, a ordem do dia também é de venda e o setor financeiro as mineradoras puxam
as perdas. Em Londres,
o FTSE-100 cai 3,59%, e em Frankfurt, o Xetra-DAX perde 5,98%.
Segundo o operador-sênior da TOV Corretora, Décio Pecequilo, uma série de eventos complicou o dia hoje. Entre estes fatores estão o feriado nos Estados Unidos, que tira o referencial externo e limita a liquidez, o vencimento de opções sobre ações, que mostra o vendedor como grande ganhador, e as notícias de perdas para instituições financeiras na China.
É um péssimo dia. O clima está carregado e qualquer gordura que o mercado tem foi aproveitada hoje — resumiu o operador. Segundo ele, até sexta-feira o Ibovespa ainda acumulava alta de 33% em 12 meses, enquanto que as bolsas nos EUA já tinham consumido todo o ganho acumulado no ano passado.
— Vale lembrar que tem muita gente que vende para cobrir prejuízo no exterior. Não é que os papéis brasileiros perderam qualidade — ressaltou.
Segundo Pecequilo, em momentos com este o pequeno investidor tem três opções básicas de
atuação. A primeira delas é ficar quieto e
apenas acompanhar a movimentação do mercado. A segunda e melhor, na visão do especialista, é aproveitar os preços e comprar de pouco em pouco. E a terceira, e pior, é vender, realizar o prejuízo.
— Passada essa turbulência, os fundamentos do país e das empresas continuam valendo. A Vale continua sendo uma Vale, Petrobras continua sendo Petrobras — salientou.
Ibovespa desabou por causa da repercussão ruim de medidas nos EUA para conter crise
Foto:
Sebastião Moreira, EFE
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