| 21/01/2008 19h00min
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que a posse do novo ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, acontece no momento em que se fala da possibilidade de um apagão. Na verdade, segundo ele, a posse ocorre em um "momento auspicioso". Lula disse que as pessoas que ainda afirmam que o país poderá enfrentar um apagão falam isso porque "não querem que as coisas dêem certo ou porque estão querendo aumentar o preço da energia".
Segundo o presidente, a posse de Lobão vai desmontar "uma série de preconceitos neste país". Lembrou que ele, Lula, não poderia ser presidente da República "porque era um metalúrgico" e que Lobão não poderia ser ministro de Minas e Energia porque "não é um técnico".
— Você (Lobão) conseguirá a inteligência viva e montará um ministério que possa ser motivo de orgulho para nosso país — disse. — Fala-se isso como se todo técnico de futebol fosse o melhor jogador — completou, ao justificar a indicação de um político para a
pasta no momento em que se corre o
risco de uma crise no setor.
Segundo Lula, Lobão terá uma "surpresa extraordinária" quando tiver acesso às informações sobre todas as obras de energia que estão sendo construídas no país, sejam hidrelétricas, termelétricas ou mesmo linhas de transmissão. Ele comentou, no discurso de posse de Lobão, que a falta das linhas de transmissão foi uma das razões por que o "apagão de 2001 foi mais forte".
— Agora, praticamente está tudo interligado — disse, relatando ao novo ministro os diversos aspectos da nova função e passou informações sobre as novas formas de produzir energia, como por meio da biomassa e a energia eólica. — São experiências bem sucedidas e podem oferecer mais energia — acrescentou.
Eletrobrás
O ministro disse, após tomar posse, no Palácio do Planalto, que o presidente da Eletrobrás será substituído. Atualmente, o cargo é ocupado por Valter Cardeal, ligado ao PT e à ministra-chefe da Casa
Civil, Dilma Rousseff.
— O presidente da Eletrobrás
seguramente será outro — anunciou, acrescentando que o indicado será um nome do PMDB ainda a ser definido e que, em relação às demais estatais, nada está decidido. — Os partidos vão conversar entre eles e, depois, comigo. Eu não terei nenhuma dificuldade em lidar com representantes do PMDB, do ministério, do PT e de outros partidos da base aliada — afirmou, ao ser questionado se a Eletrosul já estava destinada ao PT.
O ministro disse que fará algumas alterações no quadro técnico do ministério, mas "só aquilo que for necessário", para "preservar a memória" da pasta. Lobão, seguindo o presidente Lula, voltou a negar que o país corra risco de sofrer um novo racionamento de energia e disse que "todas as medidas já estão sendo tomadas".
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