| 24/01/2008 15h07min
A governadora do Rio Grande do Sul Yeda Crusius manifestou nesta quinta-feira descontentamento em relação ao convite feito pela Polícia Federal à procuradora-geral do Estado, Eliana Graeff Martins, para depor sobre a Operação Rodin, que investiga fraudes no Departamento Estadual de Trânsito (Detran).
Durante reunião do secretariado no centro de treinamento da Companhia de Processamento de Dados do Estado do Rio Grande do Sul (Procergs), a governadora disse que o fato de a procuradora ter assinado um documento autorizando a troca da Fundação de Apoio à Tecnologia e Ciência (Fatec) pela Fundação Educacional e Cultural para o Aperfeiçoamento da Educação e da Cultura (Fundae), não justifica a convocação.
— A Polícia Federal não pode chamar do jeito como foi colocado. Ela (a procuradora) não pode ser convocada pela Polícia Federal. Isso fere completamente o equilíbrio federativo. E nesse sentido, eu reagi, a procuradora reagiu, porque tem que haver definição de
espaço. Todas as tribos
que eu conheço sabem disso, quanto mais numa estrutura de Estado federativo.
Governo vai reclamar ao diretor-geral da PF
A governadora acusou a PF gaúcha de querer investigar o governo, disse que o ministro da Justiça, Tarso Genro, já tem conhecimento do fato e que o secretário de Segurança Pública, José Francisco Mallmann, vai reclamar para o diretor-geral da PF, delegado Luiz Fernando Corrêa.
— Eu não me meto na Universidade de Santa Maria. Mas eu também quero dizer que aqui, esse relacionamento tem que ser muito respeitoso, muito civilizado, porque eu já demonstrei que eu quero a investigação — disse Yeda.
A Polícia Federal quer a procuradora explique a assinatura na transferência da fundação que realizava serviços terceirizados para o Detran. A Procuradoria-Geral do Estado (PGE) informou no final da tarde desta quinta-feira que não há confirmação sobre se a procuradora-geral falará com os federais
ou responderá aos questionamentos por ofício.
— Não
me transformem isso numa investigação em cima do governo estadual. Quando vem uma definição pela imprensa de que a procuradora vai ser convocada porque a procuradoria deu um parecer, alto lá. Não é que eu não gostei. A minha responsabilidade é dizer que não é assim. Que cada um faça a sua parte — completou.
Além de ressaltar o desejo de investigação, a governadora voltou a dizer que aprensentará um novo Detran e que modificará os preços cobrados pela carteira nacional de habilitação:
— É uma coisa que eu coloquei, como um desejo da governadora, em abril de 2007, quando eu modifiquei a direção do Detran.
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