| 24/01/2008 19h03min
A rotina do atacante uruguaio Cláudio Milar foi totalmente modificada nesta quinta devido à repercussão do centésimo gol marcado com a camisa do Brasil-Pe, na quarta, contra o São José. Ele foi a duas emissoras de TV, uma de rádio, e atendeu a diversos telefonemas da imprensa. O assédio foi tão grande que à tarde ele incentivou a mulher, Carolina, a viajar com o filho Augustin, de dois anos e meio, para o Chuy uruguaio, onde o casal nasceu. Lá, com os familiares, a mulher e o filho poderão descansar enquanto ele atende repórteres e fãs, e também pensa no jogo contra o Juventude, em Caxias.
Entre as entrevistas, o uruguaio ainda teve de treinar no estádio Bento Freitas. Mas no início da tarde pôde fazer uma das coisas que mais lhe dá prazer: antes do almoço, sorvendo mate amargo, brincou com Augustin e Carolina na varanda de casa:
— Assim eu tiro um pouco da tensão dos últimos dias.
No entanto, o dia tem um motivo de lamentação para Milar. Ele não calculou o exato risco de escalar o alambrado e atirar-se aos braços da torcida. Após comemorar com os xavantes a marca histórica, ao fim do jogo, voltou das arquibancadas sem o estimado par de chuteiras. Chuteiras com as quais o artilheiro chegou ao gol 100 pelo Brasil-Pe, e que receberiam lugar de destaque na sala de troféus que está planejando montar na casa recém montada, em Pelotas. Milar ainda tem esperanças que o fanático xavante que pegou as chuteiras o procure para fazer a devolução. Para isso, promete trocar o objeto emblemático por uma camisa oficial do Brasil-Pe.
Claudio Milar um dia depois do gol cem pelo Brasil de Pelotas brinca com o filho Agustin e a esposa Caroline em casa
Foto:
Nauro Júnior
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