| 27/01/2008 02h51min
Lalaiá lalaiá, nós viemos aqui para ver o gol do Nilmar. Era isso que a torcida Popular do Inter cantava antes do jogo contra o Veranópolis. Assistiram a mais uma boa atuação do atacante, mas ainda não tiveram chance de festejar um dele no Gauchão. É o que Nilmar quer mudar na partida deste domingo, às 16h, contra o São José, no Estádio Passo d'Areia.
Este será o oitavo jogo de Nilmar desde seu retorno ao Beira-Rio. Fez apenas um gol desde sua reestréia contra o Vasco, no Rio, pelo Brasileirão. Foi importante, bonito, o segundo da decisão da Copa Dubai contra a Inter, de Milão, de bicicleta. Garantiu o título do clube nos Emirados Árabes e um troféu especial — a camiseta 22 do zagueiro italiano Materazzi, o marcador que não aliviou nas chegadas durante a partida. Foi com ela que ele saiu do vestiário depois do treino de sexta-feira.
— Alguma coisa eu tinha de levar, né? — brincou.
Nos últimos tempos, Nilmar garante que sempre sai de campo
sentindo alguma dor, seja no ombro, pé,
joelho, canela. Resultados da forte marcação que vem sofrendo desde sua volta. O jogador de 23 anos é um dos homens de frente mais visados no Estadual — talvez o mais. Sabe que desperdiçou boas chances em alguns dos jogos, desde 2007, mas a ausência de gols ainda não o perturba.
— Seria pior se o time estivesse perdendo. Aí, sim, seria complicado — filosofou.
Além da busca pelo gol, a partida deste domingo colocará frente a frente dois ídolos da torcida do Inter, um do passado e outro do presente: Fabiano e Nilmar. A dupla se conheceu há alguns anos, ainda no Beira-Rio, ficaram amigos, e se reencontraram em um shopping quando Nilmar foi contratado. As cordialidades, porém, ficam fora de campo. Quando o jogo começar, valerá um velho ditado do futebol, que ambos tentarão cumprir.
— Atacante vive de gols. Tem que marcar — lembrou Nilmar, de quem a torcida espera, pelo menos, um.
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