| 28/01/2008 21h29min
Até a última rodada do segundo torneio da Superliga feminina, o Osasco (SP), vencedor do primeiro torneio, era o único invicto da competição. Mas o Rio de Janeiro modificou esta situação derrotando o time paulista e, nesta terça-feira, as equipes voltam a se enfrentar para decidirem o título de campeã do segundo torneio. O confronto será realizado no ginásio do Tijuca Tênis Clube, no Rio de Janeiro, com transmissão ao vivo do canal Sportv, a partir das 21h30.
O confronto entre os times já é uma tradição e uma rivalidade entre Rio de Janeiro e São Paulo. Há três temporadas, as equipes decidem o título da competição. Desta vez, o vencedor ganhará mais dois pontos na classificação geral e o perdedor, um. Após os quatro torneios, as oito equipes mais bem colocadas na classificação geral passam às quartas-de-final.
Este confronto entre Rio de Janeiro e Osasco terá uma história de amizade e emoção à parte. Depois de duas temporadas defendendo o Rio de Janeiro e sendo reserva da líbero Fabi, Marcelinha ganhou a oportunidade de ocupar a posição no Osasco.
— Joguei dois anos no Rio de Janeiro e, por isso, conheço todo este grupo desde a comissão técnica até as jogadoras. A Fabi é a melhor líbero do mundo me espelho muito nela para traçar minha carreira no voleibol — diz Marcelinha.
Agora rivais, as amigas sabem que a história dentro de quadra é outra:
— Adoro a Marcelinha e fico feliz por passar algo de bom para ela. Agora, na hora do jogo, se ela estiver jogando demais vou puxar a orelha dela — brinca Fabi, para depois falar sério.
— A Marcelinha está com uma grande oportunidade. Ela tem de aproveitar para crescer e conseguir conquistar seus sonhos e objetivos, que eu, como amiga, sei que são muitos.
Esta será a terceira final entre Osasco e Rio de Janeiro nesta temporada. A primeira foi no Salonpas Cup e a segunda na Copa Brasil. Mais uma prova de que as adversárias são velhas conhecidas.
— Os dois times sabem tudo um sobre o outro. Além de jogarmos contra sempre, muitas das meninas jogam juntas nas seleções brasileiras. Sendo assim, não podemos oscilar muito como aconteceu no último jogo. Em momento algum podemos vacilar — avalia Marcelinha, que lembra que tem mais um parentesco com o Rexona-Ades.
— A Camilla Adão (levantadora) é minha cunhada. Não falei que um conhece o outro profundamente? — diverte-se Marcelinha.
Para Fabi, chegar à decisão é uma oportunidade que precisa ser aproveitada aos extremos pelo Rio de Janeiro.
— São dois times que estão credenciados para decidirem o título da competição. No primeiro, não fomos bens. Erramos demais. Não estávamos no nosso melhor nível. Aliás, ainda não estamos. Ficar de fora da primeira final teve seu lado positivo porque treinamos muito. Para resolver os problemas técnicos e táticos só treinando muito — diz a carioca.
Duelo à parte nos números
No ataque, Rio de Janeiro e Osasco são as duas equipes mais bem posicionadas, com 25,65% e 25,39% de aproveitamento. No bloqueio, o Osasco lidera (24,76%). Na defesa, o Rio de Janeiro está na primeira colocação (42,54%), seguido de perto do Osasco (41,26%). No levantamento, o time carioca está na liderança (22,01), enquanto na recepção o primeiro lugar é do Osasco (45,19%).
Individualmente, três jogadoras dos times finalistas figuram no ranking das maiores pontuadoras da competição até o momento. A ponteira Paula Pequeno, do Osasco, é a quinta colocada, com 131 pontos. Em seguida, na sexta posição está a meio-de-rede, do Rio de Janeiro, Fabiana Claudino, com 117 acertos. Outra ponteira do Osasco, Natália é a oitava colocada, com 111.
No ataque, Paula Pequeno lidera, com 29,09% de aproveitamento, seguida da companheira Natália, com 22,51%. Na terceira colocação está a ponteira do Rio de Janeiro, Sassá (21,10%). A ponteira Regiane, também do time carioca, é a oitava (20,39%). No bloqueio, a meio-de-rede Adenízia lidera (33,08%). A central do Thaisa é a quarta colocada (25,51%). Dani Scott, do Osasco, é a 10ª colocada.
No saque, o Rio de Janeiro tem duas representantes, enquanto o Osasco nenhuma. Thaisa é a quarta colocada (6,92%) e Sassá, a oitava (6,40%). Na defesa, há duas jogadoras de cada equipe: pelo time carioca, Regiane é a terceira (54,08%) e Sassá, a quinta (48,98%). Natália na quarta colocação (50%) e Paula, na sexta (45,83%) são as representantes do Osasco.
Na recepção, a líbero Marcelinha, da equipe paulista, é a segunda colocada (51,55%), as companheiras Natália está na sexta colocação (44,25%) e Paula é a oitava (42,33%). Sassá é a representante do Rio de Janeiro neste ranking, em quarto lugar (46,67%).
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