| 29/01/2008 13h55min
A Confederação Nacional da Indústria (CNI) mantém em 5% a projeção de crescimento da economia este ano, apesar da crise internacional.
— As condições são menos favoráveis do que em dezembro, quando fizemos essa projeção, mas acreditamos que ainda não se justifica fazer uma revisão — disse nesta terça-feira o gerente-executivo da Unidade de Política Econômica, Flávio Castelo Branco.
Ele comentou, porém, que a possibilidade de a economia crescer 5% este ano está menor. Na sua avaliação, a crise financeira internacional ainda não é conhecida em sua extensão, mas ela deverá provocar uma desaceleração na economia mundial e no comércio internacional. Para o gerente-executivo, o Brasil tende a ser afetado pela redução das trocas comerciais.
— No entanto, a indústria brasileira tem se amparado no crescimento da demanda interna, que continua forte — avaliou.
Castelo Branco acha também que as decisões de investimento ainda não mostram o
impacto da crise internacional. O ingresso de US$
4 bilhões em investimentos estrangeiros diretos no mês de janeiro até ontem seria um reflexo disso.
— São decisões que já estavam tomadas — comentou.
Ele acha que em um ou dois meses os dados mostrarão algum impacto da turbulência.
Vestuário e calçados
As indústrias de vestuário e calçados são as que mais sofrerão os impactos da retração do mercado norte-americano, disse gerente-executivo da Unidade de Política Econômica da CNI, por serem setores que exportam fortemente para aquele mercado.
— Já os setores exportadores de commodities internacionais serão menos afetados, pois seu mercado preferencial é a Ásia. Não há, porém, garantias que ficarão imunes à crise — completa.
Para a CNI, no entanto, os efeitos da retração americana não chegarão à indústria brasileira nos próximos seis meses, pois há certo efeito inercial nos mercados.
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