| 30/01/2008 11h53min
Em 23 de maio de 1987, Romário vestiu a camisa da Seleção Brasileira principal pela primeira vez na derrota por 1 a 0 para a Irlanda, em Dublin. Mesmo rival e cidade que poderão ver a estréia de Alexandre Pato pela equipe do técnico Dunga, no amistoso da próxima quarta-feira.
Há 21 anos, o treinador era Carlos Alberto Silva, que assumiu a Seleção após a eliminação do time na Copa do Mundo de 1986 e a saída de Telê Santana do comando. Situação parecida com a de Dunga, substituto de Carlos Alberto Parreira depois do fracasso no Mundial da Alemanha em 2006.
Em Dublin, o Baixinho, com 21 anos, começou no banco e entrou em campo no lugar de Mirandinha, então atacante do Palmeiras.
— Romário já demonstrava que seria um grande centroavante. Ele chegou um pouco tímido neste jogo, era uma de suas primeiras convocações. Achei que era uma partida boa para ele jogar, contra uma defesa pesada — lembra Carlos Alberto Silva para o globoesporte.com.
O treinador vê semelhanças entre o começo
do atacante do Vasco na seleção com a chegada de Pato ao time de Dunga. Aos 18 anos, o jovem do Milan ganha sua primeira chance na Seleção principal e deverá começar na reserva de Robinho e Luis Fabiano.
— No meu dicionário não existe a palavra cedo. Está na hora dele. O Pato, apesar da idade, tem uma visão muito boa do gol, cabeceia bem e é um jogador que vai trilhar o mesmo caminho do Kaká — diz.
Em busca do ouro olímpico
Outra coincidência marca a possível estréia de Pato na Seleção com o primeiro jogo de Romário. Na época, o Baixinho era o principal nome da equipe que tentaria o ouro nos Jogos Olimpícos de Seul (1988), assim como o ex-colorado é presença garantida no time que irá a Pequim atrás da medalha neste ano.
Assim como Dunga agora, Carlos Alberto Silva era o técnico também da seleção olímpica e chegou com a seleção até a final, mas, mesmo com Romário arrebentando, o Brasil terminou com a
prata.
— Peguei um início de trabalho ruim, vindo de
derrota em Copa do Mundo e precisando fazer uma renovação no grupo. Mas fomos devagar, sem muito alarde, e não ganhamos o ouro por circunstâncias da partida — analisa Carlos Alberto Silva, lembrando da derrota de 2 a 1 para a União Soviética em Seul.
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