O velejador catarinense Bruno Fontes embarca, nesta sexta-feira, para a Austrália, onde vai tentar o seu primeiro título mundial na classe Laser Standard. De olho em Pequim, o iatista usará o campeonato como preparação para a Seletiva Olímpica Brasileira. 

Bruno explica que o mundial de Terrigal, na Austrália, que será disputado de 6 a 13 de fevereiro, será a última chance dos velejadores conquistarem a vaga olímpica. Mesmo com a vaga assegurada, o catarinense terá que competir com os brasileiros para ratificar a posição. Ou seja, precisará vencer a Seletiva Olímpica Brasileira, de 22 a 29 de fevereiro, no Rio de Janeiro.

— Vou usar o mundial como treinamento, mesmo porque vou competir com grandes nomes do esporte. Ainda não venci um mundial, estou confiante que possa ser neste ano. É complicado, de altíssimo nível, mas estou treinando para isso — afirmou.

Bruno está confiante na conquista da vaga olímpica. O atleta tornou-se bicampeão Brasileiro na classe Laser em janeiro, depois de vencer sete das 11 regatas em João Pessoa (PB). E, antes dessas duas conquistas seguidas, havia sido três vezes vice-campeão, perdendo sempre para Robert Scheidt, que tem três medalhas olímpicas, duas de ouro e uma de prata.

— Tem essa lenda de que sou o substituto de Scheidt. Acho que não existe, conquistar o que ele conquistou não é fácil. Ele tem três medalhas olímpicas e oito mundiais na classe — afirmou.

Na disputa brasileira para vaga olímpica, Bruno vê dois velejadores que podem surpreendê-lo. O carioca Eduardo Couto e o baiano Mateus Tavares, que foram o segundo e o terceiro, respectivamente, no campeonato nacional. No Sul-Americano, quando o catarinense ficou em segundo, Mateus foi o quinto e Eduardo o sexto.