As principais bolsas européias fecharam em direções divergentes depois de mais um dia de volatilidade. As ações passaram boa parte desta quinta-feira em baixa, pressionadas pelas preocupações de que as seguradoras de bônus devem perder suas notas de risco de crédito (ratings) "AAA", o que poderá desencadear baixas contábeis adicionais dos principais bancos de investimentos.

Em Londres, o índice FT-100 subiu 0,72% e fechou com 5.879,8 pontos. No mês de janeiro, acumula queda de 8,94%. Em Paris, o índice CAC-40 caiu 0,08% e fechou com 4.869,79 pontos, acumulando queda de 13,26% no mês. Em Frankfurt, o índice Xetra-Dax recuou 0,34% e fechou com 6.851,75 pontos — perda de 15,07% em janeiro.

Os mesmos problemas econômicos que atingem os mercados de ações desde o início do ano voltaram a perseguir os investidores hoje. Os pedidos de auxílio-desemprego requeridos na semana passada nos Estados Unidos cresceram muito acima das expectativas e reforçaram os temores de que a maior economia do mundo está se movendo para cada vez mais perto de uma recessão. O fluxo de fracos indicadores econômicos superou qualquer impacto positivo da decisão de corte no juro anunciado na quarta-feira pelo Fed — que pegou os mercados europeus já fechados.

Os temores relacionados aos rebaixamentos dos ratings das seguradoras de bônus também levaram as ações de empresas financeiras européias para uma espiral negativa. As ações do gigante suíço UBS registraram o pior desempenho entre os bancos, com uma queda de 3,78%, pressionadas pelas preocupações de que as baixas contábeis da instituição em 2007 vão superar em US$ 4 bilhões o previsto.

Em Madri, o índice subiu 0,09% e fechou com 13.229 pontos. Em janeiro, o Ibex acumulou uma queda de 12,87%. Em Milão, o índice S&P/MIB caiu 0,13% e encerrou com 34,23 mil pontos, acumulando baixa de 11,22% no mês. Em Lisboa, o índice PSI-20 recuou 0,64% e fechou com 11.163,91 pontos, queda acumulada de 14,25%.