| 01/02/2008 02h10min
Depois de três jogos nos quais o Grêmio oscilou no Gauchão, Vagner Mancini decidiu reforçar o meio-campo para enfrentar o Caxias no sábado, às 16h, no Estádio Centenário. Adilson ganhou a vaga de Peter no setor. Assim, a equipe terá maior poder de marcação na partida que pode definir a liderança do Grupo 1. No coletivo de quinta-feira, Roger foi a surpresa, entrando na equipe no segundo tempo, mas a sua estréia segue mantida para o dia 9.
Logo nos primeiros movimentos do treino, o ingresso de Adilson equilibrou as ações entre ataque e defesa. O Grêmio de Mancini passou a ser mais efetivo na frente, sem que a zaga corresse grandes riscos. Eduardo Costa, Willian Magrão e Adilson formaram um paredão no meio-campo, permitindo que André Luís se aproximasse mais dos atacantes Tadeu e Jonas — algo semelhante ao ocorrido no segundo tempo da vitória sobre o Santa Cruz, quando Adilson substituiu Peter no intervalo.
— Não sou apenas marcador. Gosto de chegar à frente também, uma
vez que temos uma boa
retaguarda com o Eduardo Costa e o Willian Magrão. Assim, tenho maior liberdade — avaliou Adilson.
Mancini conversou muito com o lado esquerdo da defesa gremista: Wagner e Anderson Pico. Os dois receberam orientações especiais do técnico, que, após analisar jogos do Caxias, pediu cuidado com o adversário.
Embora não jogue amanhã, Roger treinou bem. Marcou o gol da vitória dos titulares sobre os reservas, mas sequer embarcará com a delegação para a Serra. Ainda sente dificuldades nas arrancadas, devido ao pouco tempo de treinamento.
— Se eu forçar, até posso ficar no banco, mas seria prudente me preservar para estrear contra o Novo Hamburgo, quando estiver 100% — comentou Roger.
André Luís conhece bem o adversário deste sábado. Em dezembro, ele conquistou a Copa Paulo Rogério Amoretty com o Caxias, e alertou Mancini para os perigos do Centenário:
— Avisei que eles virão no 3-5-2, marcando o Grêmio com muita
força e atacante em velocidade. Será um jogo muito complicado
para nós.
Uma dúvida a menos
Foram duas as lacunas deixadas por Gustavo, expulso contra o Novo Hamburgo, no último sábado, no Caxias. Além de não poder estar em campo diante do Grêmio, o jogador também obrigou o técnico Gilson Kleina a eleger um novo capitão. A dúvida na lateral permanece. Emanoel e David brigarão pela vaga, pelo menos oficialmente, até momentos antes da partida. Não há mistério, no entanto, quanto ao indicado para ser o responsável pela liderança da equipe no gramado para esta partida.
O lateral-esquerdo Cris, que assumiu o posto interinamente após a expulsão de Gustavo, no sábado, assume oficialmente a braçadeira contra o Grêmio. Segundo o jogador, o fato não representa nada mais do que um motivo de orgulho e felicidade.
— Fico contente em ser indicado para carregar a braçadeira, o que indica que tenho a confiança do treinador — afirmou.
Quanto à
responsabilidade de liderar o grupo, o jogador não concorda com tal associação, uma vez
que não pretende mudar a sua forma de atuação em função do, segundo ele, simbólico título.
— Vou procurar jogar da mesma maneira como vinha jogando, respeitando os demais jogadores, já que o fato de ser capitão não me torna um atleta pior ou melhor em campo — disse.
Com relação à partida, Cris alertou para a importância de se manter a concentração ao longo dos 90 minutos, sabendo explorar os pontos fracos do adversário.
— Enfrentaremos um time de tradição, que é tido por muitos como um dos favoritos para chegar às finais do campeonato. No entanto, vejo a equipe do Grêmio como um time em formação, que possui vários jogadores novos que ainda não se conhecem, diferentemente da maioria dos nossos jogadores. Isso pode representar um diferencial para nós durante a partida.
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