| 05/02/2008 01h51min
Um taxista foi morto com uma facada no pescoço no fim da noite desta segunda-feira no bairro Lomba do Pinheiro, em Porto Alegre. Conforme a polícia, Luis Carlos Belmonte Martins, 53 anos, foi encontrado caído na esquina das ruas Magnólia e Acucena, próximo ao automóvel no qual trabalhava.
Por volta da 0h, moradores do bairro ligaram para a Brigada Militar relatando ter ouvido um estrondo e um pedido de socorro nas proximidades. Ao chegar ao local, o soldado Gilsen Garay Corrêa, do 19º Batalhão da Polícia Militar, encontrou o taxista já sem vida. Do outro lado da rua, o PM avistou o veículo da vítima, que estava abandonado em um barranco, no interior de um mato.
Pouco depois, pelo menos sete taxistas se aglomeravam no local para acompanhar o trabalho da polícia. Revoltados, os colegas de Martins buscavam explicações para o crime.
— Ele era querido por todos. Estamos muito assustados com tudo isso — disse o taxista João Carlos dos Santos, 48 anos.
Conforme Antonio Carlos Nunes
Dias, 54 anos, proprietário do Sienna no qual Martins trabalhava, havia a informação de que o motorista teria deixado o ponto, no shopping Bourbon da Avenida Ipiranga, levando consigo um casal com uma criança de colo. Depois disso, ele não teria mais sido visto.
— Acreditamos que ele deve ter largado o casal e, no caminho de volta, pegado algum passageiro que tenha tentado assaltá-lo — afirmou Dias.
A versão não é confirmada pela polícia, mas o supervisor operacional das volantes da Polícia Civil, Nelson Mariense, disse acreditar que se tratava de caso de um latrocínio (roubo seguido de morte). As circunstâncias do crime, porém, ainda eram desconhecidas e não havia testemunhas.
— É bastante provável que ele tenha sido vítima de uma tentativa de roubo, mas só a investigação vai confirmar isso — adiantou Mariense.
Próximo do carro, no matagal, foi encontrada uma faca com marcas de sangue. Até as 3h, Mariense não soube informar se
algum pertence de Martins de fato havia sido
roubado. O caso deverá ser investigado pela 21ª Delegacia de Polícia Civil da Capital.
Conforme Dias, Martins era taxista havia mais de duas décadas e trabalhava em seu carro por pelo menos um ano. Ele era natural de Uruguaiana e morava em Porto Alegre com a mulher.
A família aguarda a liberação do corpo, que deve ocorrer por volta das 10h30min, para dar início ao velório e marcar o enterro de Martins.
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