O Manchester United prestará tributo nesta quarta aos 50 anos do desastre aéreo de Munique, na Alemanha, onde 33 pessoas, incluindo oito jogadores, faleceram com a queda do avião. A aeronave levava a delegação dos Diabos Vermelhos de volta à Inglaterra após obter a classificação para as semifinais da Copa dos Campeões de 1958, contra o Estrela Vermelha, da atual Sérvia.

Exatamente às 15h04min (momento do acidente, segundo horário local), em Manchester, os sobreviventes do desastre e torcedores se juntarão ao técnico Alex Ferguson e ao atual time no estádio Old Trafford para realizar uma série de homenagens aos mortos, incluindo um jogo beneficente.

– Foi uma tragédia enorme e é relembrada quase todos os dias – disse Bobby Charlton, sobrevivente do desastre e membro daquele time dirigido por Matt Busby, que ficou conhecido na época como “Busby Babes” – O 50º aniversário é uma ocasião tão importante para lembrar e fazer as pessoas saberem o quanto aquela equipe era boa – acrescentou o ex-jogador, campeão mundial com a Inglaterra em 1966.

Torcedores do Manchester United deixaram flores, camisas, cachecóis e fotos dos mortos diante da sede do clube nesta terça-feira. Do lado de fora do estádio Old Trafford, o relógio marcava 15h04min, horário exato do maior acidente da história do Manchester United.

Quando o avião parou para reabastecer na cidade de Munique, logo após a vitória sobre o Estrela Vermelha, este caiu ao tentar levantar vôo lentamente após uma tempestade de neve. Resultado: sete jogadores morreram na hora e astro Duncan Edwards, considerado o melhor jogador do time, faleceu 15 dias depois. Outras 25 pessoas, entre jornalistas, torcedores e dirigentes também perderam a vida.

As homenagens se estenderão até o próximo final de semana, quando o Manchester United enfrentará o rival local Manchester City, pelo Campeonato Inglês. Enquanto os Diabos Vemelhos vão usar um uniforme retrô, nos moldes daquele que era usado na época do acidente, seus rivais entrarão em campo sem patrocinador em sua camisa e com tarjas pretas nos braços de cada jogador.

GAZETA PRESS