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 | 06/02/2008 22h19min

Após Superterça, imprensa americana se perde em meio a número de delegados

Resultados das prévias de terça-feira variam de acordo com o órgão de comunicação

Perdidos em meio à complicada apuração de votos nos 24 estados que realizaram primárias na Superterça, os meios de comunicação americanos apontam números discrepantes de delegados para cada um dos pré-candidatos envolvidos na disputa, embora coincidam em colocar na liderança Hillary Clinton, do lado democrata, e John McCain, entre os republicanos. Os principais veículos dos Estados Unidos realizaram nesta quarta-feira suas contagens particulares em função dos votos oficiais, mas obtiveram resultados ligeiramente diferentes.


Segundo a cadeia CNN, Hillary — que ganhou em nove dos 22 estados que os democratas tinham em jogo — acumula até o momento 818 delegados, enquanto seu adversário Barack Obama, que venceu 13 prévias, soma 730. No entanto, se os números consultados forem os do jornal The New York Times, a ex-primeira-dama contaria até o momento com 845 delegados, enquanto Obama somaria 765.

Já para The Washington Post, a senadora por Nova York conta com um total de 737 delegados obtidos na Superterça, contra 699 de Obama. No cômputo total do Post, que inclui os "superdelegados", Hillary teria mil representantes para a convenção partidária democrata, ao tempo que o senador por Illinois teria 902. Em todos os casos, os dois pré-candidatos democratas ainda se mantêm longe dos 2.025 delegados de que necessitam para assegurar a candidatura presidencial do partido.

No lado republicano, a confusão de números se mantém, mas a diferença é menos determinante. Todos os meios de comunicação concordam em dar ao senador pelo Arizona John McCain cerca de 600 delegados, com uma vantagem de mais de 300 sobre seu concorrente mais direto, o ex-governador de Massachusetts Mitt Romney. Apesar dessa diferença, McCain ainda está longe de conseguir os 1.191 delegados necessários para conseguir a candidatura presidencial de seu partido.

Essa confusão nos números se deve a diversas variáveis, que têm a ver não somente com a repartição proporcional dos votos, mas também com a adjudicação dos "superdelegados". São figuras do Partido Democrata em nível estadual e nacional que têm assentos e votos não comprometidos na convenção partidária que define o candidato presidencial. Na ânsia de avançar na apuração, alguns veículos chegaram a entrevistá-los para determinar qual dos dois candidatos apoiariam. De acordo com suas respostas, então, fizeram as somas correspondentes. Porém, como nem todos os meios de comunicação contabilizam os "superdelegados", os números terminaram por ser discrepantes.

A contagem é dificultada ainda pelas normas do Partido Democrata, que não contemplam o fato de que o ganhador num estado leve todos os seus delegados. Pelo contrário, os democratas repartem os delegados proporcionalmente de acordo com a porcentagem de votos emitidos, o que faz com que a repartição exata só seja conhecida uma vez que a apuração esteja finalizada.

EFE
 
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