Formalizada no final da noite de quarta-feira, a contratação do pivô Shaquille O'Neal pelo Phoenix Suns pegou até mesmo os jogadores da franquia de surpresa, afirmam os atletas. Apesar disso, o reforço do veterano All Star agradou ao restante da equipe. Pelo menos é o que garante o técnico Mike D'Antoni. E, nem mesmo, o risco de interferir no característico jogo de velocidade dos Suns parece diminuir a animação com o "novato".

– Nossos jogadores estão empolgados com as possibilidades – afirma D'Antoni – E ele está pronto e focado. Caberá à comissão técnica fazer os ajustes sem mudar tudo.

O'Neal fechou com os Suns por duas temporadas com um contrato estimado de US$ 20 milhões (R$ 35.046.000,00). Para ter o gigante do garrafão, a franquia de Phoenix passou ao Miami Heat o ala Shawn Marion e o armador Marcus Banks, em uma das negociões mais rápidas e inusitadas da história da liga.

O armador Steve Nash garante ter ficado chocado com a novidade.

– Se você olha o que aconteceu nas últimas 24 horas é simplesmente incrível. Foi muito inesperado, mas ao mesmo tempo ter a chance de jogar com Shaquille O'Neal é muito emocionante.

Se as características diferentes de estilo de jogo não preocupam a nova equipe, o mesmo vale para os recentes problemas físicos que têm atormentado o pivô. Há duas semanas O'Neal não joga por causa de uma contusão no quadril. Na terça-feira, ele passou por uma ressonância magnética e na quarta, já em Phoenix, foi examinado pelos médicos dos Suns. Para estes, assim como para a comissão técnica, não há dúvidas quanto à certeza de sua recuperação total.

– É uma questão de flexibilidade – garante o gerente-geral da franquia, Steve Kerr – Eles vão seguir progressivamente com sua reabilitação e sentem com muita firmeza que ele terá mais mobilidade e explosão do que tem tido.

O'Neal não perdeu tempo em se apresentar para a torcida de Phoenix. Na noite de quarta-feira, assistiu à vitória do time sobre o New Orleans Hornets e empolgou o público. Já com o uniforme da franquia prometeu surpreender.

– Quero fazer todo mundo melhorar. No basquete sempre houve alguém para incendiar as coisas. Eu vou ser o cara que fará isso aqui – discursou no US Airways Center, mostrando os anéis em seu dedo e fazendo sinal de positivo.

Com quatro títulos da NBA no histórico, o pivô revigorou os sonhos do Phoenix finalmente sair da fila de 40 anos para conquistar o campeonato. Isso, apesar de seu ex-Heat amargar a lanterna na Conferência do Leste com a pior campanha até o momento na liga: míseras 9 vitórias contra 37 derrotas. Já os Suns lideram no Oeste com 34 vitórias e 15 derrotas.

GAZETA PRESS