| 09/02/2008 16h59min
A eleição da executiva nacional do PT neste sábado provocou reclamações e polêmica e, ao contrário da anunciada unidade, o partido deverá enfrentar um bom período de guerra interna. A chapa que reelegeu o presidente da legenda, Ricardo Berzoini (SP), e que tem maior força no partido, excluiu o grupo do deputado Jilmar Tatto (SP) dos principais cargos de comando, cedendo mais espaço para o grupo do deputado José Eduardo Cardozo (SP), eleito secretário-geral, e do ministro da Justiça, Tarso Genro. Na disputa pela presidência do partido, Cardozo ficou atrás de Tatto, formando a terceira força partidária.
Nenhum dos três principais cargos da Executiva — Secretaria-geral, Secretaria de Organização e Secretaria de Finanças — ficou com o grupo de Tatto. Cardozo foi eleito secretário-geral, cargo reivindicado por Tatto. Como reação, Tatto não aceitou participar da Executiva em outra função.
— Não vou participar de uma direção manca, sem unidade partidária. Não vou ser
conivente com uma composição
política na qual mais de um terço não concorda — reclamou.
Tatto afirmou que a eleição foi a refundação do Campo Majoritário, a tendência que comanda o PT.
Com 20% dos votos dos petistas na eleição direta do partido em dezembro do ano passado, o grupo de Tatto teve sua representação na Executiva reduzida. O grupo tinha duas das três vice-presidências e a Secretaria de Organização do comando anterior, mas acabou ficando agora com a Secretaria de Assuntos Institucionais, com menor expressão, e uma vice-presidência. Tatto lembrou que o grupo de Cardozo e Genro era o mais crítico diante da direção de Berzoini e criticou o fato de eles estarem juntos agora.
Cardozo negou que tenha havido uma união das duas chapas, a dele e de Berzoini, que disputaram a presidência do partido.
— Não fizemos pacto nenhum com eles — afirmou o novo secretário-geral do PT.
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