| 14/02/2008 15h52min
Romário foi absolvido na tarde desta quinta-feira sobre a pena de 120 dias imposta pelo Supremo Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) pelo uso de finasterida. Absolvido por unanimidade — com sete votos a favor —, os advogados do STJD elogiaram Romário como jogador e como pai.
Quando recebeu a notícia dos relatores, o artilheiro não conteve a emoção e chorou. O presidente do STJD, Rubens Approbato, afirmou que "o fato de Romário ter ficado mais de 70 dias suspenso, já foi o suficiente para ele aprender". O presidente disse ainda que "se Romário fosse condenado hoje, ele poderia ficar com a sua carreira suja e poderia ser apontado como um Maradona brasileiro. Mas Romário merece respeito e é totalmente diferente o caso dele".
O ex-atacante e ex-técnico do Vasco compareceu à sessão junto de seu advogado, Mário Pucheu. O presidente do Vasco, Eurico Miranda, também estava presente. Romário prestou depoimento alegando que toma o medicamento que contém a substância proibida há
10 anos, tendo feito o
antidoping sete vezes sem acusar problemas. Visivelmente nervoso, o jogador se emocionou ao lembrar que era a primeira vez que tinha de se defender sobre doping e a sessão teve de ser suspensa para que o jogador se recuperasse.
O caso Romário:
Romário foi denunciado e apenado por 120 dias de suspensão pela Segunda Comissão Disciplinar, por ter infringido o artigo 244 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (Ser flagrado, comprovadamente dopado, dentro ou fora da partida, prova ou equivalente), que prevê a pena de suspensão de 120 a 360 dias e eliminação na reincidência, por ter sido detectado em seu exame a substância finasterida, no jogo contra o Palmeiras, pelo Campeonato Brasileiro do ano passado. Ele vestia a camisa do Vasco apenas na função de jogador.
O Vasco entrou com pedido de efeito suspensivo três vezes no STJD, que foram indeferidos pelo presidente, Rubens Approbato Machado. Nos pedidos, eram alegado que
Romário foi punido como jogador e, naquele
momento cumpria a função de técnico e o time precisava dele. Enquanto Romário cumpria suspensão, o time do Vasco era comandado pelo seu auxiliar, Alfredo Sampaio. O ex-atacante da Seleção abandonou o clube como técnico e jogador e se defendeu em caráter particular.
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