Na primeira partida das oitavas-de-final da Liga dos Campeões, a Roma venceu o Real Madrid por 2 a 1. E os italianos devem a vantagem de poder até perder por um gol de diferença no jogo de volta na Espanha ao brasileiro Mancini. O jogador foi o grande nome do jogo, marcando um e participando do outro gol na virada sobre os maiores campeões da história da competição.

O duelo colocou frente a frente duas equipes com campanhas idênticas na primeira fase. Com esse equilíbrio, o técnico madrilenho Bernd Schuster, que já não contava com o lesionado Robinho, optou por uma formação mais defensiva que a prevista e escalou Gago ao lado de Diarra e Guti era o responsável pela armação, com Robben aberto para correr pelas pontas.

Com esta formação, o Real fechou o campo romano nos primeiros minutos e foi premiado em pouco tempo de jogo. Logo aos oito minutos, a marcação adiantada espanhol resultou em um belo gol de jogada coletiva, somente com toques de primeira. Robben recebeu lançamento pela esquerda e tocou para Guti tentar o arremate. No meio do caminho, Raúl desviou e colocou os merengues na frente.

O gol fez com que a Roma adiantasse seu jogo e, em um primeiro momento, o Real aproveitou bem os espaços deixados na zaga e chegou a marcar um gol com Van Nistelrooy, anulado por impedimento. A partir daí, com os poucos vacilos romanos na marcação, a estratégia do time Schuster se resumia à velocidade de Robben, que cruzava em busca de Nistelrooy e Raúl, dando algum trabalho a Doni.

A postura mais ofensiva da Roma, por sua vez, bloqueava a saída de bola espanhola, diminuindo os espaços, e o empate italiano estava próximo. Mais acuado, o Real contava com poucos erros para não ser assustado. Mas no primeiro deles foi castigado.

Em saída de bola errada de Casillas aos 24 minutos, a bola foi lançada para Mancini na esquerda e o brasileiro chegou à linha de fundo, tocando para trás para a chegada de Totti. Sérgio Ramos foi mais rápido e cortou, mas a bola parou nos pés de Pizarro, que chutou forte para empatar.

Após o empate, o Real passou a manter a posse de bola para segurar a velocidade romana trocando passes no meio-campo. Assim, evitou uma derrota parcial na ida para o intervalo. Na volta, porém, os mandantes estavam ainda mais incisivos e Giuly passou a participar mais do jogo.

Contudo, o primeiro lance de perigo saiu nos pés de Nistelrooy, mas Doni impediu o gol. Pouco depois, foi a vez da Roma sacramentar a merecida virada. E na velocidade que caracateriza seu setor ofensivo. Após um chutão, Totti dominou a bola com a zaga do Real toda desorganizada e deu um belo toque para Mancini passar na corrida, driblar Casillas e tocar para o gol.

O segundo gol italiano deixou o confronto nervoso. O jogo, que primava pelo bom toque de bola e jogadas rápidas de ambos os times, passou a ficar caracterizados por jogadas ríspidas. Com a vantagem, a Roma foi mais cautelosa para segurar a importante vitória no primeiro confronto do mata-mata da Champions.