O presidente da Bolívia, Evo Morales, elogiou nesta terça-feira a "democrática" decisão de Fidel Castro de renunciar à presidência de Cuba e destacou o trabalho do líder cubano "pela humanidade" e sua "solidariedade" com os povos do mundo. O boliviano, em declarações aos jornalistas, expressou sua dor pela renúncia de "um líder histórico, revolucionário e antiimperialista" que, "sobretudo, aposta em seu povo e nos povos do mundo" e com quem disse ter aprendido "muitíssimo".

Sobre a retirada do líder cubano, Morales ressaltou que pedir à Assembléia Nacional que não o elejam como presidente, como Fidel fez, é a forma mais democrática. Embora "não quiséssemos perder um líder histórico como Fidel Castro, às vezes, infelizmente, os ciclos se concluem", disse Morales, que garantiu que as relações da Bolívia com Cuba seguirão "estreitas e solidárias".

Nesse sentido, aproveitou para lembrar os mais de 5 mil bolivianos que estudam em Cuba ou as mais de 100 mil pessoas que tiveram os olhos operados de forma gratuita graças à ajuda da ilha caribenha. Morales afirmou que Cuba é o país "mais humilhado e agredido pelo império" e ao mesmo tempo o povo "mais solidário com os povos do mundo".

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