| 20/02/2008 12h48min
A equipe responsável pela Operação Rodin, que desarticulou uma fraude entre as fundações de apoio ligadas à Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) - a Fundação de Apoio à Tecnologia e Ciência (Fatec) e a Fundação Educacional e Cultural para o Desenvolvimento e Aperfeiçoamento da Educação e da Cultura (Fundae) - e o Departamento Estadual de Trânsito (Detran) apontou que professores da UFSM teriam recebido carros e dinheiro das fundações. Tudo estaria registrado nas atas da Pensant Consultores, empresa tida como mentora da fraude que teria desviado cerca de R$ 44 milhões dos cofres públicos.
Os nomes dos professores são mantidos em sigilos, pela força-tarefa, formada pela Polícia Federal (PF), Ministério Público Federal (MPF), Receita Federal e Ministério Público Especial, órgão ligado ao Tribunal de Contas do Estado. O inquérito será entregue à Justiça Federal no dia 10 de março.
— Existem professores da UFSM que ganharam dinheiro, carros. Temos provas
contra vários professores, de
diversos locais da universidade. Tem muita gente boa aí - afirma um dos integrantes da força-tarefa.
Segundo o integrante - que pede para não ser identificado - nas atas da Pensant constam porcentagens de valores e bens repassados.
— A nossa surpresa foi que eles faziam reuniões em que estipulavam porcentagens, valores a serem pagos. Boa parte das reuniões foi registradas em atas. Tudo foi documentado - afirma o integrante.
A Polícia Federal já indiciou 35 nomes por suposta participação na fraude. Deste, 18 nomes são conhecidos. Os demais estão em sigilo da PF.
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