| 22/02/2008 13h52min
O presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, reiterou nesta sexta-feira que o Brasil precisa de "cada molécula" dos 30 milhões de metros cúbicos de gás que importa diariamente da Bolívia.
No entanto, ele disse que a Petrobras "é sensível" aos problemas energéticos da Argentina. Por isso, equipes dos dois países estão realizando estudos para encontrar outras fontes de energia para ser fornecida à Argentina, para atender a demanda de energia de que o país precisa.
Gabrielli negou pressões do governo argentino para que a Petrobras ceda uma parte da cota de gás que compra da Bolívia.
— Nós temos uma relação boa com a Argentina. É uma relação típica de todas as empresas petrolíferas energéticas com os governos dos seus países, que é uma relação de amor e ódio — afirmou Gabrielli ao informar que foi o governo da Bolívia que pediu ao Brasil para ceder uma parte do gás que abastece o Brasil para a Argentina.
A diretora de Gás e
Energia da Petrobras, Maria das Graças Foster,
informou que o não-cumprimento do contrato da Bolívia com o Brasil implica em multas "pesadíssimas" e que o valor da multa depende de vários fatores.
As declarações de Gabrielli e da diretora da Petrobras foram na saída da Casa Rosada, sede do governo argentino, onde o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a presidente Cristina Kirchner assinaram uma declaração conjunta com 17 itens e acordos em várias áreas.
Gabrielli negou pressões do governo argentino para que a Petrobras ceda uma parte da cota de gás que compra da Bolívia
Foto:
Valter Campanato, ABr
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