| 23/02/2008 19h15min
O Brasil poderá enviar 200 megawatts de energia por hora à Argentina, para suprir a demanda energética do país vizinho durante o próximo inverno. O anúncio foi feito hoje pelo ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, ao final da reunião entre os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva, Cristina Kirchner e Evo Morales para discutir as dificuldades enfrentadas pela Bolívia para cumprir seu contrato de fornecimento de gás à Argentina.
Lobão revelou que "a Argentina queria que fornecêssemos um milhão de metros cúbicos de gás e também energia" e não os 2 milhões ou 3 milhões de gás, como vinha sendo especulado.
— Nós fizemos um acerto no sentido de constituir um grupo de trabalho para estudar as dificuldades da Argentina e vamos procurar ajudá-la com o fornecimento de energia elétrica, algo em torno de 200 MW/hora, que serão compensados por eles (governo argentino) no momento que puderem nos devolver a energia — disse Lobão.
Segundo o ministro, a
presidente Cristina Kirchner "ficou
satisfeita" com o acordo, que será diferente do firmado no ano passado, quando o governo de seu marido, Néstor Kirchner, teve que pagar em dinheiro a eletricidade que comprou do Brasil.
Porém, na reunião de hoje na Quinta de Olivos, a residência oficial da presidência argentina, o embaixador da Bolívia na Argentina, Arturo Liebers, deu a entender que o encontro foi duro.
O presidente da Petrobrás, José Sérgio Gabrielli, informou a imprensa que "os ministros da área energética dos três países vão se reunir dentro dos próximos 10 dias, em La Paz, na Bolívia, para discutir as questões de curto e longo prazos", já que, diante dos problemas energéticos expostos, os presidentes entenderam que a questão é estrutural.
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