| 29/02/2008 14h55min
Gilberto Silva teve papel essencial durante os primeiros socorros prestados ao atacante Eduardo, sábado passado, quando o atacante do Arsenal teve a fíbula fraturada e o tornozelo esquerdo deslocado, depois de uma violenta entrada do zagueiro Martin Taylor, do Birmingham.
O volante serviu como tradutor, viabilizando o tratamento e a rápida remoção do companheiro para o hospital. Apesar de ter tido a sua conduta elogiada pelos médicos do clube, Gilberto mantém a simplicidade e diz que não quer ser chamado de herói. As informações são do globoesporte.com.
— Não me vejo como amuleto, muito menos como herói. Pelo simples fato de estar lá e de falar a mesma língua que o Eduardo e dominar perfeitamente também o inglês, fui chamado para ajudar — declarou.
— O Eduardo estava falando somente em português e também não entedia o que os médicos falavam em inglês. Ajudei nesse aspecto, traduzindo o que os médicos necessitavam e o que o
Eduardo sentia. Mas para falar a verdade, eu preferia
não ter entrado em campo em uma situação como esta, ou melhor, que um acidente como este jamais tivesse acorrido — resumiu o jogador.
Na última quinta-feira, Gilberto visitou o companheiro Eduardo, em sua casa, onde o atacante vem se recuperando da cirurgia. Apesar de ter ficado chocado com a situação do companheiro, que segue imobilizado e de cama, saiu do local satisfeito, depois de perceber a força demonstrada por Eduardo da Silva.
— Essa visita teve dois lados. Um muito triste por vê-lo imobilizado e sem poder praticar sua profissão que, certamente, é o que ele mais gosta de fazer. O outro, feliz, por ver com os meus próprios olhos que aparentemente ele está tranqüilo, ciente do que aconteceu e do que terá que passar neste período — garante o volante, para, depois, evitar críticas pesadas ao zagueiro Taylor.
— No caso do jogador, eu não tenho muito o que comentar. Só vi o lance no jogo e por fotos na internet. Não vi na TV. Apesar do acidente,
prefiro acreditar que o jogador não
teve a mínima intenção. Não tenho condição de julgá-lo e nem posso fazer isso — finalizou.
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