| 03/03/2008 10h14min
A morte do "número dois" das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), Raúl Reyes, numa operação colombiana "não é uma boa notícia", segundo o ministro de Exteriores francês, Bernard Kouchner. Segundo ele, é preciso "redobrar os esforços" pela libertação dos reféns da guerrilha, em primeiro lugar em prol da franco-colombiana Ingrid Betancourt.
— Não é uma boa notícia que Reyes, o homem com o qual falávamos e tínhamos contatos, tenha sido morto — afirmou nesta segunda-feira o chefe da diplomacia francesa.
O porta-voz internacional das Farc morreu no sábado numa operação militar colombiana em território equatoriano, o que gerou uma crise diplomática entre Colômbia, Equador e Venezuela, e o anúncio por estes dois últimos do envio de reforços à fronteira. Diante do que chamou de "aumento das tensões" entre os três países, a pasta dirigida por Kouchner pediu ontem à noite "contenção" e indicou que "essa situação mostra até que ponto é urgente encontrar uma solução
negociada, que passa
necessariamente pela solução da dolorosa questão dos reféns" das Farc. Kouchner disse que "o problema agora para nós é tirar todos os reféns, mas, principalmente, Ingrid ":
— Do que precisamos não é mais um acordo humanitário, mas um gesto de parte das Farc, porque é uma urgência médica e humanitária.
Kouchner disse que o presidente francês, Nicolas Sarkozy, está envolvido nisso "dia e noite" e lembrou as gestões com os líderes da Venezuela, Colômbia e Equador.
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