| 06/03/2008 19h19min
Após realizarem um protesto durante cerca de uma hora em frente à entrada da Fazenda Bota, da Aracruz, em Encruzilhada do Sul, manifestantes da Via Campesina deixaram o local no começo da tarde desta quinta-feira. O ato foi contra o plantio de eucaliptos no sul do Estado.
A integrante do Movimento de Mulheres Camponesas (uma das entidades ligadas à Via Campesina) Mari Costa disse que quase 300 mulheres participaram da manifestação. A Aracruz informou que a Fazenda Bota tem 1.223 hectares, dos quais 442 hectares são cultivados com eucalipto. O restante é destinado a uma área de preservação permanente.
Uma área de plantio de aproximadamente dois hectares teria sido depredada na madrugada de hoje perto de Canguçu (vizinha a Encruzilhada do Sul), disse Mari, mas, de acordo com ela, a ação não partiu da Via Campesina. Além da marcha em Encruzilhada do Sul, a Via Campesina promoveu caminhadas hoje em Porto Alegre e Santana do Livramento.
Na Capital,
cerca de 150 pessoas foram até a sede da
Polícia Federal (PF) para pedir investigação sobre a compra de propriedades na faixa de fronteira pela empresa sueco-finlandesa Stora Enso. Segundo o padre Rudimar Dalastra, que integra a Via Campesina, um grupo foi recebido pelo superintendente substituto da PF no Estado, Ademar Stocker, e uma audiência foi marcada no dia 19 de março para tratar do assunto.
Em Santana do Livramento, a caminhada foi feita entre o ginásio municipal e a Praça Binacional, na divisa com Rivera, no Uruguai. Uma assentada foi atropelada enquanto tentava atravessar a rua, mas não houve incidentes ligados ao protesto, informou o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).
Na Capital, cerca de 150 pessoas foram até a sede da PF para pedir investigação sobre a compra de propriedades na faixa de fronteira pela Stora Enso
Foto:
Emílio Pedroso
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