Os dois supostos terroristas mortos a tiros pela polícia chinesa no dia 27 de janeiro em uma operação em Urumqi, capital da região de Xinjiang, planejavam um atentado contra os Jogos Olímpicos de Pequim, disse hoje o secretário-geral do Partido Comunista de Xinjiang, Wang Lequan.

Em declarações à agência Xinhua, o líder disse que os dois suspeitos mortos e os outros 15 detidos na mesma operação planejavam um ataque contra o evento esportivo. Na intervenção policial, cinco agentes ficaram feridos.

Wang fez essas declarações no mesmo dia em que o presidente do governo regional, Nuer Baikeli, anunciou que, na sexta-feira passada, os tripulantes de um avião da China Southern Airlines evitaram um atentado terrorista em um vôo entre a capital de Xinjiang e Pequim.

— Estes terroristas, sabotadores e separatistas serão atingidos decididamente, sem importar a que grupo étnico pertençam — disse o secretário-geral.

Wang contou ainda que o grupo descoberto em janeiro está ligado ao Movimento Islâmico do Turquestão Oriental (Etim), que a ONU qualificou de organização terrorista em 2002.

Em janeiro de 2007, outra operação contra uma suposta célula terrorista uigur na fronteira com o Afeganistão terminou com 18 mortos e 17 detidos. Pequim afirma que os grupos terroristas dessa zona, que buscam a independência de Xinjiang, estão vinculados a Al Qaeda e são treinados em campos da Ásia Central dirigidos pela rede terrorista.