| 09/03/2008 20h11min
A Vila Belmiro recebeu um ótimo público neste domingo para acompanhar o duelo entre Santos e Noroeste, fundamental para as pretensões de ambas as equipes no Paulistão. Com a trégua da principal organizada do Santos, que deixou as faixas de protesto contra o técnico Emerson Leão em casa, o Peixe mostrou bom futebol e impediu o retorno do time de Bauru ao G-4: 3 a 2.
Depois de abrir dois gols de vantagem e permitir o empate ao time de Bauru, o Santos chegou à vitória com um gol de pênalti marcado após muita polêmica. Após cobrança de escanteio, a zaga do Noroeste fez o corte e levou o santista Domingos, que pediu toque de mão, à loucura. O árbitro nada marcou e se preparava para punir o defensor alvinegro, quando foi alertado por seu auxiliar e colocou a bola na cal. Kléber Pereira, então, deu números finais ao duelo.
O primeiro gol da vitória do Alvinegro foi marcado pelo ex-corintiano Betão, logo no início do duelo, aos quatro minutos. Depois de cobrança de escanteio, o estreante Sebastián Pinto furou na hora da conclusão e, sem querer, ajudou Betão, que pegou a sobra e, da entrada da área, bateu forte. A bola desviou e enganou o goleiro Fabiano: 1 a 0.
Em vantagem, o Peixe continuou melhor na partida e aumentou depois que Molina fez lançamento primoroso para Kléber Pereira. O camisa nove invadiu a área pela esquerda e, com categoria, aumentou: 2 a 0, aos 21 minutos.
O jogo estava fácil para o Santos e Kléber Pereira ainda teve tempo para manter a média de perder um gol incrível por jogo ao mandar para fora, de dentro da pequena área, a chance do terceiro gol, após lindo passe de Sebastián Pinto.
Para contrastar com o bom futebol do time na etapa inicial, o zagueiro Domingos tentou imitar Betão e arriscar de fora da área ao pegar um rebote, mas não foi feliz e acabou acertando a bandeirinha de escanteio. A curiosidade ficou por conta do comportamento da torcida, que aplaudiu o erro bisonho do defensor, provando que a trégua chegou realmente à Vila.
Superior na partida e perfeito na marcação até então, o Santos acabou cochilando e permitiu que o Noroeste diminuísse ainda na etapa inicial, quando Edylton foi à linha de fundo e cruzou para Edno vencer Fábio Costa e colocar fogo no jogo novamente aos 35 minutos: 2 a 1. O time do interior passou a pressionar, mas não conseguiu a igualdade antes da descida para o intervalo.
Susto, confusão e vitória
O Noroeste voltou para o segundo tempo disposto a empatar e testou Fábio Costa duas vezes em chutes da intermediária, ambas com o autor do gol, Edno. O Santos não conseguia se encontrar e, aos dez minutos, foi castigado por Leandrinho, que se antecipou ao goleiro e, de cabeça, deixou tudo igual.
Imediatamente após o empate, Leão mandou Trípodi e Tabata para o aquecimento, mas o que aqueceu mesmo foi o clima da partida. Depois de escanteio cobrado pela esquerda, a defesa do Noroeste fez o corte e o zagueiro Domingos foi à loucura para reclamar de um toque de mão.
O árbitro mandou seguir a jogada e se preparava para dar amarelo ao defensor santista, que pressionava o auxiliar. Nesse momento, tudo mudou. Avisado pelo assistente, Guilherme Cereta de Lima confirmou o pênalti, convertido por Kléber Pereira aos 18 minutos: 3 a 2. Foi a vez do Noroeste reclamar, o que causou a expulsão do técnico Márcio Bittencourt.
– Esses homens de preto fazem o que querem e ficam impunes – reclamou o treinador, que ainda viu Edylton e Leandrinho levarem vermelho nos instantes finais.
O final do jogo foi ainda mais emocionante. O Noroeste se jogou todo ao ataque e o Santos se encolheu apostando nos contra-ataques para garantir três pontos preciosos. Com o zagueiro Marcelo reforçando a defesa no lugar do lateral Carleto, Leão conseguiu segurar a pressão adversária e selou a paz com a torcida.
O Peixe volta a campo na próxima quinta-feira, novamente na Vila Belmiro, para enfrentar o Mirassol, em partida marcada para às 20h30min. Na quarta, um pouco mais cedo, às 19h30, o Noroeste vai a Rio Claro encarar os donos da casa no Schimidt Filho.
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