| 10/03/2008 18h27min
A ministra do Turismo, Marta Suplicy, disse hoje esperar que o problema entre os governos do Brasil e da Espanha por causa da repatriação e do impedimento da entrada de turistas nos dois países não seja escalonado.
— Qualquer escalonamento nessa dificuldade que enfrentamos não nos interessa — afirmou.
Marta Suplicy comentou as declarações feitas hoje pelo ministro da Justiça, Tarso Genro, que assegurou que se for necessário a legislação será olhada com "lupa", para que as autoridades de fora sintam que no Brasil também há leis.
Para a ministra, apesar de "não se poder aceitar o que eles (espanhóis) estão fazendo", é preciso encontrar uma forma de se manter a capacidade de diálogo entre os países.
— Se for necessário que se aumente a dureza, entendemos que tem que ser feito. Mas como ministra do Turismo só posso desejar que as hostilidades cessem o mais rápido possível e que os acordos diplomáticos funcionem — disse.
— Espero que não se escalone a agressividade e que
se exija o respeito ao turista brasileiro, mas que não se escalone a retaliação porque temos sempre que ter uma porta aberta de diálogo, na medida em que nos interessa muito o turista que vem da Espanha. E ao brasileiro interessa muito ser tratado bem nesse destino ibérico —completou a ministra, que participou na tarde de hoje de um evento na Associação Brasileira de Normas Técnicas, em São Paulo.
Segundo ela, é necessário que se exija do governo espanhol respeito aos turistas brasileiros, mas "isso deve ser feito com cuidado, mesmo porque não queremos que se aumente essa confusão".
De acordo com a assessoria de imprensa do Ministério do Turismo, em 2006, ano em que foi realizado o último balanço, o Brasil recebeu cerca de 5,18 milhões de turistas. Desse total, mais de 211 mil eram turistas vindos da Espanha.
O país que mais enviou turistas ao Brasil foi a Argentina (mais de 921 mil turistas), seguido pelos Estados Unidos (721 mil) e Portugal (312
mil).
Marta: "só posso desejar que as hostilidades cessem o mais rápido possível e que os acordos diplomáticos funcionem"
Foto:
Divulgação
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