| 10/03/2008 18h27min
Em resposta à cobrança do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de que o Congresso não vota o Orçamento, o presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), lembrou que foi o próprio governo que provocou a paralisia na Casa no ano passado para não atrapalhar a votação da proposta que prorrogava a cobrança da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) no Senado, atrasando a tramitação de todas as matérias no Congresso.
— No final do ano passado, a Câmara ficou dois meses praticamente parada porque o governo obstruiu os trabalhos. Porque se nós votássemos alguma medida provisória, atrapalharia a votação da CPMF no Senado. E ficou claro que não era possível votar até o final de dezembro — afirmou Chinaglia.
O presidente da Câmara disse ainda que, por causa do fim da CPMF, cujos recursos o governo previa na proposta orçamentária que enviou ao Congresso, o relatório teve de ser alterado para fazer as adaptações, o que levou mais tempo.
—
Eu não posso crer que apenas eu
queira trabalhar, e eles não. Que apenas eu queira fazer as obras, e eles não. É de interesse de todo mundo. Os deputados e os senadores têm de votar o orçamento. É uma questão de responsabilidade com o país. Eu tenho certeza de que há disposição e vontade política do Congresso em votar — disse Lula no programa Café com o presidente.
Chinaglia defendeu a votação da proposta nesta semana, mesmo que não resulte em acordo a reunião marcada para amanhã entre governistas e oposição.
— O importante é colocar em votação e ver qual é a decisão da maioria. A Comissão Mista de Orçamento pode divergir, pode fazer acordo, mas não pode paralisar o Congresso Nacional. Eles sabem disso e, na minha opinião, temos que votar independentemente de haver ou não acordo de governo, oposição ou na Comissão de Orçamento — afirmou.
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