| 11/03/2008 02h02min
A senadora opositora colombiana Piedad Córdoba chegou nesta segunda-feira a Bogotá, retornando de Caracas, na Venezuela. A congressista, que mediou ao lado do presidente venezuelano Hugo Chávez a libertação de vários reféns das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), entregou provas de sobrevivência aos familiares de seqüestrados da guerrilha.
Piedad visitou a casa de Magdalena Rivas, mãe do tenente de Polícia Elkin Hernández, onde se reuniram os familiares de outros seqüestrados, para assistir a um vídeo em que eles se dirigem a seus parentes.
— É uma voz de esperança, porque o mais importante é seguir trabalhando na direção do acordo humanitário, juntar as duas partes para que esse acordo aconteça o mais rápido possível — manifestou a parlamentar.
Foram exibidas provas de vida do capitão do Exército Edgar Duarte Valero, do tenente Elkin Hernández Rivas, do sargento de Polícia Luis Alberto Eraso Maya, do agente Álvaro Moreno, do cabo
José Martínez Estrada, do soldado
William Giovanni Domínguez Castro, dos policiais Juan Fernando Galicio Uribe, Walter José Lozano Guarniso e Alexis Torres Zapata, e do cabo Pablo Emilio Moncayo Cabrera.
No vídeo, os seqüestrados agradecem os trabalhos de Chávez e Córdoba e defendem um acordo humanitário que permita libertar as 40 pessoas que seguem cativas.
Na casa da família Hernández, em um bairro do sul de Bogotá, também se reuniram as mães do soldado Domínguez e dos policiais Moreno e Torres, entre outros reféns.
— Acho que me distingui neste processo por não falar mais do que o necessário e não fazer disto um show, porque é algo muito doloroso para o país — expressou a senadora.
Piedad também colocou em dúvida a veracidade das declarações do guerrilheiro Pablo Montoya, conhecido como Rojas, que confessou ter matado o guerrilheiro conhecido como Ivan Ríos, um dos sete membros do Secretariado (comando) das Farc.
Rojas, responsável pela
segurança de Ríos, afirmou na última sexta-feira que o
assassinato ocorreu em 5 de março, no limite entre Caldas e Antioquia . Ele pretende receber os US$ 2,5 milhões oferecidos pelas autoridades colombianas como recompensa para cada líder das Farc que ajudarem a deter.
Rojas assegurou ainda que Ivan Márquez, outro membro do Secretariado das Farc, está na Venezuela, e que o fundador e chefe máximo da guerrilha, Pedro Antonio Marín, conhecido como Manuel Marulanda Vélez ou Tirofijo, pode estar nesse país.
— Essas declarações não merecem nenhuma credibilidade — afirmou Piedad Córdoba.
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