| 11/03/2008 16h37min
A partida contra a Suécia, no próximo dia 26, será comemorativa pelos 50 anos da primeira conquista de Copa do Mundo da Seleção. Mas vá dizer isso para Dunga. O técnico da Seleção só quer saber de vencer o amistoso e preparar o time para as Olimpíadas.
Confira algumas declarações de Dunga na entrevista coletiva concedida logo após a divulgação da lista de convocados:
Jogo comemorativo contra a Suécia
— Para nós, da comissão técnica, não tem jogo festivo. É um jogo da Seleção. O que nos interessa é entrar para jogar e aproveitar a oportunidade para treinar. A Seleção tem pouco tempo até as Olimpíadas.
Preparação para as Olimpíadas
— Queremos colocar a seleção olímpica. Temos que manter uma base para estes jogadores mais novos chegarem e terem
uma estrutura. Na medida do possível, a gente vai chamando e vai mudando.
Expectativa sobre Alexandre Pato
— Não é sobre o Alexandre, é sobre todos que tem idade olímpica. Todo mundo sabe da capacidade dele, mas a expectativa é sobre todos. Pedimos paciência com ele. Na ânsia de criar um novo ídolo, no primeiro jogo já falaram que foi uma maravilha. Ele foi bem, mas não é aquele glamour todo que se falava. Vai chegar a esse glamour pela capacidade que tem, mas sabemos que os jovens têm dificuldade de continuidade, oscilam muito. A oportunidade está sendo dada, esperamos que ele corresponda.
Liberação de jogadores com mais de 23 anos (os clubes são obrigados a cederem os menores de 23)
— Sabíamos que ia ter problemas com jogadores acima de 23 anos, mas eles também têm que querer jogar na Seleção, não só quando servir a eles. Vai ter que ter o esforço
de todos, comissão técnica, jogadores, CBF e clubes para chegar a um acordo.
— O presidente da CBF vai falar com o presidente do Milan, da Juventus, etc. Mas é direto entre os presidentes. Se queremos falar com Deus, para que falar com um monte de santos antes? Vamos direto em Deus.
— Está lá, no site da Fifa. Abaixo de 23, todos poderão participar. Acima de 23, tem que ter um colóquio. A forma de nós trabalharmos é direto com o presidente Ricardo Teixeira. Quando é uma questão política mais delicada, é o presidente da CBF que trata com os presidentes do clubes, porque são eles que vão liberar ou não.
Equipamentos eletrônicos para auxiliar a arbitragem
— Futebol é muito diferente de outros esportes. Se a cada lance, tiver que parar dois, três minutos para decidir, vai ficar complicado. Na minha opinião, é mais importante investir na capacitação dos árbitros, com treinamento, etc. Isso vai dar mais resultado do que colocar muita coisa mecânica no futebol
Futebol
europeu x futebol brasileiro
— Não adianta ver no
Fantástico os gols da Europa, tem que ver os jogos da Europa. E lá tem no máximo três, quatro chances de gol por jogo. No Brasil, há muito mais oportunidades por partida, até pela qualidade dos jogadores. Tem que saber valorizar o que tem no Brasil. Além disso, nem sempre ganha o campeonato um daqueles mesmos dois ou três clubes, como acontece na Espanha, na Itália. Há muito mais candidatos.
"Se queremos falar com Deus, precisamos falar com um monte de santos antes?", disse Dunga, sobre a tratativa com os presidentes dos clubes para liberação de jogadores acima de 23 anos
Foto:
Wilton Junior, AE
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